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Marcelo Rebelo de Sousa ouve preocupações de empresários de turismo do Centro de Portugal

Turismo Centro de Portugal está a procurar reinventar o setor com os empresários e a estruturar novos produtos turísticos em que o impacto é menor, nomeadamente o turismo médico, o turismo ativo e o turismo da natureza.
13 Novembro 2020, 20h20

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, realizou hoje, dia 13 de novembro, um encontro com empresários e agentes do setor do turismo da zona Centro, para ouvir as suas preocupações perante a situação grave que esta atividade atravessa.

O encontro, que aconteceu por iniciativa do Turismo Centro de Portugal e da Confederação do Turismo de Portugal, teve lugar no Grande Hotel de Luso.

À chegada ao encontro, o Presidente da República reconheceu que os empresários do setor do turismo na região vivem uma situação muito difícil.

“Nesta região Centro houve uma recuperação pequena, mas apesar de tudo sensível, durante o verão, porque houve muito turismo nacional. Mas essa recuperação não compensou os meses anteriores e não está a compensar o que aconteceu no último mês e meio. É uma situação grave para a hotelaria e para a restauração. O alastramento no número de municípios com casos de maior risco repercute-se no turismo, na restauração, com quebra de receitas”, reconheceu Marcelo Rebelo de Sousa.

“Vou ouvir os empresários e serei porta-voz junto do Governo e de outras autoridades daquilo que pode ser feito em termos de apoios e aquilo que pode ser pensado em termos de moratórias”, acrescentou o Presidente da República.

Antes de entrar para o encontro, Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, justificou a importância do evento. “O Presidente da República tem sido um participante ativo nos problemas que afetam o Centro de Portugal. Perante esta pandemia, queremos transmitir-lhe três grandes preocupações. A primeira é que Portugal, para ser um país mais equilibrado e mais justo, deve ser visto como um todo. No verão, regiões como o Centro de Portugal souberam readaptar-se a este tempo de pandemia e conseguiram resultados positivos, que permitem um novo olhar sobre os territórios do interior e da baixa densidade”, frisou Pedro Machado.

“Em segundo lugar”, continuou, “queremos transmitir que neste tempo de emergência muitas empresas não conseguiram pagar salários em outubro e receiam não poder manter-se nos próximos meses. Para os restaurantes, por exemplo, os novos horários são dramáticos. Finalmente, queremos partilhar palavras de esperança, salientando que na Turismo Centro de Portugal estamos a procurar reinventarmo-nos e a estruturar novos produtos turísticos, com os nossos empresários. Produtos em que o impacto é menor, nomeadamente o turismo médico, o turismo ativo e o turismo da natureza. São estas posições que queremos partilhar com o Presidente da República e, naturalmente, esperar que, como tem sido sempre o seu apanágio, continue a ser uma voz nacional na defesa de todos”.

Entretanto, João Dinis, administrador do Grande Hotel de Luso, adiantou também que os empresários iriam aproveitar o momento para “transmitir a preocupação que os encerramentos afetam muito a restauração, a hotelaria e o turismo em geral”.

“Todos os ganhos que tivemos no verão estão a esfumar-se. São necessários apoios para manter os postos de trabalho. Muitas unidades estão com enormes dificuldades”, disse este gestor hoteleiro.

O Turismo Centro de Portugal é a entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país.

“Esta é a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo cem municípios, e tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa. É a região a escolher para quem pretende experiências diversificadas, pois concilia locais Património da Humanidade com a melhor costa de ‘surf’ da Europa, termas e ‘spas’ idílicos, locais de culto de importância mundial e as mais belas aldeias”, sublinha um comunicado da Turismo Centro de Portugal.

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