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Miguel Albuquerque não quer “jogadas subterrâneas” e diz que está “tudo em aberto” quanto à dissolução

Miguel Albuquerque, que foi reeleito líder do PSD Madeira esta quinta-feira, pediu foco nos objetivos a prosseguir referindo que é preciso assegurar que o PSD continue a governar a Madeira e a ter a confiança da população da Região Autónoma.
22 Março 2024, 10h43

Miguel Albuquerque apelou à união do partido depois de vencer as eleições internas, realizadas na quinta-feira, onde obteve 2.243 votos contra 1.856 de Manuel António Correia, e disse acreditar que a força partidária está em condições de vencer caso sejam convocadas eleições antecipadas.

O social democrata pediu foco nos objetivos a prosseguir referindo que é preciso assegurar que o PSD continue a governar a Madeira e a ter a confiança da população da Região Autónoma.

Albuquerque lembrou que nas eleições regionais de setembro de 2023 a coligação PSD/CDS-PP venceu em todos os 11 concelhos da Região e em 52 das 54 freguesias.

“Acho que esta eleição [interna] foi muito importante, porque mobilizou as pessoas. As pessoas foram livres de optar sobre a orientação e o líder que queriam para o partido. Isso veio incutir no PSD Madeira uma dinâmica nova e veio sobretudo legitimar a minha liderança. Não pode haver no partido reservas mentais, jogadas subterrâneas. Há que pôr tudo em pratos limpos e não há nada como a democracia interna para que isso aconteça”, disse Albuquerque, depois de vencer as eleições internas dos sociais democratas madeirenses.

Albuquerque disse, por outro lado, que agora “está tudo em aberto” face à decisão que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que deve ser tomada a partir de 24 de março, altura em que fica disponível a possibilidade de se dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira.

O “Expresso” avançou esta semana que Marcelo estaria inclinado para dissolver o parlamento regional antes de dar posse ao Governo liderado pela Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM), algo que deve acontecer a partir de 2 de abril. Antes disso devem ser ouvidos os partidos regionais e convocado o Conselho de Estado, algo que deve acontecer na próxima semana, acrescentou a mesma publicação.

Atualmente o executivo regional da Madeira encontra-se em gestão, depois de Albuquerque, que preside ao Governo da Madeira, ter renunciado ao cargo, na sequência das buscas de 24 de janeiro, de onde saiu arguido, e de o PAN, com quem o PSD Madeira tem um acordo parlamentar, ter considerado que Albuquerque não tinha condições para continuar a liderar o executivo.

O representante da República, Ireneu Barreto, decidiu manter o governo em gestão. O próximo passo vai depender da decisão de Marcelo. Se o Presidente da República decidir dissolver o parlamento regional e convocar eleições regionais então o atual executivo vai manter-se em gestão até às eleições antecipadas. Se Marcelo entender não dissolver a Assembleia da Madeira o representante da República vai chamar o partido mais votado, neste caso o PSD, para formar um novo executivo.

Os líderes do PSD e CDS-PP Madeira, Miguel Albuquerque e Rui Barreto, confirmaram, em fevereiro, o fim da coligação. Desde 2019 que PSD e CDS-PP governam a região. Depois das regionais de setembro de 2023 para além de um acordo governativo e parlamentar entre PSD e CDS-PP foi necessário um acordo parlamentar entre PSD e PAN para assegurar maioria absoluta no parlamento da Região.

Atualizado às 11h14

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