O Ministério da Agricultura veio hoje, dia 15 de outubro, garantir que o percevejo asiático não é perigoso para a saúde humana ou animal.
“Perante o surgimento de notícias associando este inseto à problemática da vespa velutina e a um eventual problema de saúde pública, a DGAV [Direção Geral de Alimentação e Veterinária] esclarece que Halyomorpha halys [percevejo asiático] não é perigoso para pessoas e animais: não morde, não pica ou suga sangue, nem transmite doenças, exalando um cheiro forte e desagradável, razão por que é conhecido como ‘brown marmorated stink bug’ (percevejo fedorento)”, garante o Ministério da Agricultura, em comunicado.
Segundo esse documento, “‘Halyomorpha halys’ é um percevejo que tem vindo a causar preocupações em vários países terceiros, nos quais tem provocado estragos avolumados em várias culturas, designadamente em espécies de fruteiras”.
“No território da União Europeia já é conhecida a sua presença em pelo menos 15 Estados Membros, sendo Itália o caso que suscita maior preocupação, onde se registam importantes estragos nas culturas”, adianta o mesmo comunicado.
De acordo com o Ministério da Agricultura, “em Portugal, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e as Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) têm vindo a acompanhar a evolução deste problema fitossanitário, estando já em curso um Programa Nacional de Prospeção direcionado para a identificação da presença deste inseto, tal como acontece para mais cerca de seis dezenas de pragas e doenças emergentes”.
“Face às características deste inseto, é expectável a sua dispersão pelo território da UE, em particular através do movimento de mercadorias, de meios de transporte e de pessoas, pelo que os agricultores devem estar particularmente atentos à eventual presença do inseto em maquinaria e bens que entrem nas suas explorações agrícolas. Em caso de deteção, deverão ser tomadas medidas de controlo. Além da luta química, estão já a ser estudadas formas de controlo biológico desta praga, nomeadamente o uso de agentes já usados em fase experimental em Itália”, aconselho o Ministério da Agricultura.
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