O negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, garantiu esta quinta-feira em Lisboa, onde se encontra para falar com as principais figuras do Estado, que “se as linhas vermelhas do Reino Unido mudarem”, a União europeia mudará imediatamente o acordo de saída.
“As linhas vermelhas são do Reino Unido, não são nossas, e fecharam portas” na negociação do acordo de saída, disse Barnier na Assembleia da República, para defender o acordo já negociado como “o melhor possível”.
“Se o Reino Unido mexer nas linhas vermelhas, nós mexemos imediatamente, se quiser mais, estamos prontos”, assegurou.
O responsável europeu salientou que “todos os modelos [de relação] estão disponíveis”, mas frisou que “todos têm direitos e obrigações”.
“Respeitamos a vontade britânica e respeitamos as linhas vermelhas, como respeitamos o princípio do mercado único e da indivisibilidade das quatro liberdades”, afirmou.
Na prática, o entendimento da União é que qualquer alteração acordada é melhor para todas as partes que uma saída desordenada, pelo que, finalmente, o lado dos 27 parece ter decidido mostrar alguma abertura no muro de irredutibilidade que mostrava até agora face à crise política britânica.
Resta agora saber-se se a alteração das ‘linhas vermelhas’ está dentro das possibilidades da primeira-ministra Theresa May, no quadro do seu (des)entendimento com o próprio partido e com a oposição trabalhista.
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