[weglot_switcher]

PAN Madeira compreende decisão de Marcelo e diz que é preciso novo executivo “o quanto antes”

“Aquilo que o PAN sempre disse é que iria respeitar qualquer que fosse a decisão de Marcelo, era ele a quem competia tomar este tipo de decisões, nós compreendemos a análise que o mesmo fez […] e o porquê de ter decidido desta forma, que é uma forma legítima”, afirmou Mónica Freitas.
28 Março 2024, 11h42

A deputada única do PAN no parlamento da Madeira disse compreender a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de convocar eleições regionais antecipadas, sublinhando que é preciso garantir “condições de governabilidade o quanto antes”.

“Aquilo que o PAN sempre disse é que iria respeitar qualquer que fosse a decisão de Marcelo, era ele a quem competia tomar este tipo de decisões, nós compreendemos a análise que o mesmo fez […] e o porquê de ter decidido desta forma, que é uma forma legítima”, afirmou Mónica Freitas, em declarações à agência Lusa.

Na quarta-feira, o Presidente da República decidiu dissolver a Assembleia da Madeira e convocar eleições regionais antecipadas para 26 de maio, depois de ouvir os nove partidos com assento parlamentar e presidir ao Conselho de Estado.

O Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro, depois de o presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, ter pedido a demissão do cargo após ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção no arquipélago.

A porta-voz do partido na Madeira acrescentou que, para o PAN, aquilo que é importante agora “é realmente dar voz à população” e formar um executivo “legitimado através do voto”.

“E conseguirmos garantir que há condições de governabilidade o quanto antes, atendendo que não temos um orçamento e garantir assim alguma estabilidade para o futuro da região”, reforçou.

Questionada se o partido está convicto de que poderá vir a fazer a diferença na próxima legislatura, Mónica Freitas reconheceu que, num novo cenário político, o PAN não sabe se terá “o mesmo poder de influência”, assegurando, no entanto, que continuará a apresentar as suas propostas.

“Estamos convictos de que temos um eleitorado que está consolidado, que as pessoas reconhecem o valor e a diferença que o PAN fez mesmo em apenas seis meses e, portanto, consideramos que a população voltará a dar-nos esse voto e essa oportunidade de continuarmos a fazer o nosso trabalho porque, infelizmente, desta forma a legislatura foi extremamente curta”, afirmou.

Sobre acordos com outros partidos, a deputada preferiu não falar de “cenários hipotéticos”.

“Não sabemos o que irá surgir destes resultados, sabemos é que neste momento estamos a viver uma grande instabilidade política a nível de todo o país, basta olharmos para aquilo que está a acontecer na Assembleia da República”, apontou.

A dirigente do PAN acrescentou, por isso, que os partidos devem dialogar e pensar “em prol da população, mais além dos interesses partidários e de maiorias e de oposições”.

Sobre se será novamente cabeça de lista do partido às regionais, Mónica Freitas indicou que “à partida” sim, referindo, no entanto, que o partido ainda terá de tomar essa decisão tanto a nível nacional, como regional.

Para assegurar a maioria absoluta no parlamento madeirense, o PSD celebrou, após as eleições de 24 de setembro, um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN, que recusou apoiar um Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque enquanto não estiver concluído o processo judicial que investiga suspeitas de corrupção.

Esta posição provocou o pedido de demissão do líder do executivo.

Toda a oposição – PS, JPP, Chega, PCP, IL e BE – defendeu em diversas ocasiões a realização de eleições antecipadas.

Já os partidos do executivo, PSD e CDS-PP, consideraram haver estabilidade parlamentar para permitir a continuação do Governo Regional.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.