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Possibilidade de novo confinamento está a ganhar adeptos em Portugal, revela sondagem

As regiões do Norte e Centro são as que mais defendem num novo confinamento e a faixa etária que mais apoia o regresso desta medida está compreendida entre os 18 e 34 anos, dados divulgados no mesmo dia que António Costa frisou que o “o custo social do confinamento foi enorme”.
  • Mário Cruz/Lusa
18 Setembro 2020, 16h27

São mais os portugueses que defendem um novo confinamento em comparação com aqueles que o recusam, segundo uma sondagem da Aximage publicada esta sexta-feira, 18 de setembro.

A sondagem realizada para o “JN” e a “TSF” aponta que 47% dos inquiridos pretendiam um novo confinamento e 40% rejeitava a ideia. Os resultados indicam que metade dos participantes da sondagem acreditam que o país está mais bem preparado para uma nova quarentena. As regiões do Norte e Centro são as que mais apostam num novo confinamento (52%) e a faixa etária que mais apoia o regresso desta medida está compreendida entre os 18 e 34 anos (65%).

Além do regresso do um novo confinamento, 60% dos inquiridos da Região Centro defendem que esta medida devia ser aplicada de forma mais exigente do que aconteceu da última vez. A sondagem indicou também que as pessoas que mais pedem o retorno de medidas mais rigorosas tem 35 a 49 anos.

Apesar desta tendência, quem não apoia a ideia é o primeiro-ministro, António Costa que sublinhou que “o custo social do confinamento foi enorme” e assegurou que “não podemos passar por isso tudo outra vez” esta sexta-feira, 18 de setembro.

“Compreendo que haja alguma fadiga ao fim de todos estes meses mas isto só terminará quando houver uma vacina ou um tratamento eficaz. Está nas mãos de cada um assegurar o que é necessário: controlar a pandemia para que as aulas e as empresas possam funcionar”, destacou António Costa.

O primeiro-ministro sublinhou ainda que “parar o país teve um custo enorme, foram destruídos milhares de postos de trabalho. Parar as aulas presenciais também foi prejudicial”, referiu António Costa.

Também o Presidente da República acredita que o regresso do estado de emergência seria prejudicial para Portugal. A 15 de agosto, durante as suas férias ao Algarve, Marcelo Rebelo de Sousa dizia que um novo confinamento iria traduzir-se num “ciclo vicioso terrível para as economias”.

“Se economias, por exemplo, a Alemanha estão a tentar conviver com esses fenómenos estão a tentar encontrar medidas, o uso da máscara de forma mais intensiva nomeadamente em via publica, mais medidas preventivas, mas não pararam a atividade económica”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa. “A sensação que têm essas economias é não sabendo quanto tempo vai durar não é possível estar a fazer um novo confinamento integral”, garantiu o Presidente da República.

 

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