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PSI 20 cresceu 2,5% em abril e mantém-se longe da trajetória crescente das bolsas mundiais

O índice bolsista lisboeta continua em níveis significativamente abaixo do registado antes da chegada da pandemia, com a recuperação verificada em 2021 a ser insuficiente para colocar a praça nacional em linha com as suas congéneres europeias e norte-americanas.
3 Maio 2021, 16h02

Apesar da evolução positiva de março e abril, o PSI 20 permanece longe do ritmo de crescimento das restantes praças internacionais, mantendo-se consideravelmente abaixo do verificado antes da chegada da pandemia.

O relatório da Maxyield sobre o índice bolsista nacional aponta para um crescimento mensal de 2,5% em abril, mas conseguido com uma variação assinalável entre as várias cotadas.

O título que mais subiu no último mês foi o da Ramada, que valorizou 34,7%. Tal contrasta fortemente com a queda de 12,1% da Pharol, que lidera as perdas. Desde o início do ano, destaque para a valorização de 61,5% dos CTT, enquanto que a Pharol se volta a afirmar como a principal perdedora entre as quatro sociedades que experienciaram desvalorizações, com menos 17,6%.

Olhando para o índice lisboeta como um todo, o crescimento este ano situa-se nos 3,1%, um resultado conseguido sobretudo à custa das valorizações no final de março e em abril, que compensaram a má performance bolsista depois de janeiro e fevereiro terem levado a uma queda de 4%.

Ainda assim, a trajetória durante abril foi volátil e incerta, especialmente durante o período intermédio do mês. O crescimento verificado no passado mês deve-se, sobretudo, a tendências de crescimento no seu início e fim, esclarece o relatório da associação de pequenos investidores.

A performance do PSI 20 não acompanha a verificada nas principais praças mundiais, como se verifica numa comparação rápida com as mesmas. Enquanto que o S&P 500, composto pelas 500 principais cotadas da New York Stock Exchange, valorizou já 12% desde o início do ano para ultrapassar já máximos históricos pré-pandémicos, o índice português mantém-se significativamente abaixo do seu recorde de 5.436 pontos.

A comparação é válida também para bolsas europeias, com o IBEX 35, de Madrid, o FTSE 100, de Londres, ou o DAX 30, de Frankfurt, a apresentarem trajetórias mais consistentes com a verificada no índice industrial norte-americano do que no nacional. Estes índices acrescentaram, respetivamente, 9,2%, 7,9% e 10,3% desde que começou 2021, sendo que o pan-europeu STOXX 600 também acelerou 9,6%.

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