No parecer que a PwC enviou ao Banco de Portugal com a avaliação da nova administração da Caixa Económica Montepio Geral, foi dado conta da situação de morosidade de crédito em que chegou a encontrar-se Nuno Mota Pinto, proposto para presidente do banco da Associação Mutualista, soube o Jornal Económico junto de fonte ligada ao gestor.
No parecer foi justificado o incumprimento do crédito com razões familiares (por motivos de doença de um parente) numa altura em que Nuno Mota Pinto se encontrava nos Estados Unidos, em Washington. O caso arrastou-se quase cinco meses até à sua chegada a Portugal, altura em que regularizou o crédito, mas tal não o livrou de constar da lista de incumprimentos do supervisor bancário.
Nuno Mota Pinto pagou dívida de 80 mil euros, dias antes de integrar a lista do Montepio
O Expresso escreve na sua edição online, que a poucos dias antes de se saber que Nuno Mota Pinto era o nome escolhido para liderar a Caixa Económica Montepio Geral, o então diretor executivo do Banco Mundial regularizou uma situação de incumprimento de um crédito bancário.
O Público dizia na sua edição de hoje que o futuro gestor da Caixa Económica Montepio Geral tinha uma dívida de 80 mil euros em mora. O caso foi denunciado por carta enviada a Vítor Melícias por dois membros do Conselho Geral, Carlos Areal e Viriato Silva, que segundo fontes ligadas ao terceiro setor, eram da lista de Eugénio Rosa que rivalizou com Tomás Correia na corrida à liderança da Associação Mutualista.
Estes membros da Associação Mutualista não apoiam a lista de novos administradores do banco porque “não apoiam a nomeação de alguém que até dia 12 de dezembro de 2017 fazia parte da lista do Banco de Portugal de clientes com crédito em incumprimento”, lê-se no Público.
A Associação Mutualista anunciou a escolha de Nuno Mota Pinto para presidente executivo do Montepio Geral a 14 de dezembro de 2017.
Mota Pinto teria no antigo BES um crédito no valor de cerca de 80 mil euros que esteve em incumprimento, situação que levou o Novo Banco a colocar o seu nome na lista dos devedores do Banco de Portugal (BdP), diz por sua vez o Expresso.
O Jornal Económico confirmou essa informação.
O crédito vencido foi pago através da concessão de um novo crédito do Novo Banco, já sob a liderança de António Ramalho, diz o Expresso.
Os membros do Conselho da Mutualista questionam, numa carta enviada à comunicação social, que alguém que tenha estado sem pagar o crédito a um banco, pertença à comissão executiva de uma instituição bancária, que terá certamente de dar grande importância ao crédito em mora”.
Nuno Mota Pinto tal como a restante equipa que irá substituir a administração executiva liderada por Félix Morgado, ainda não tem concluído o processo de adequação e idoneidade do BdP.
“O processo de avaliação da adequação dos membros dos órgãos sociais da CEMG decorre atualmente de acordo com o disposto na lei, não tendo o Banco de Portugal proferido qualquer decisão”, afirmou o supervisor ao Expresso.
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