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Rajoy garante ter “mão firme e sem complexos contra a independência” da Catalunha

Porta-voz do Partido Popular comparou Puigdemont com Lluís Companys, que declarou a independência da Catalunha, foi preso e fuzilado.
9 Outubro 2017, 14h28

Um dia antes de o governo regional da Catalunha declarar independência da região, Mariano Rajoy endureceu o discurso e garantiu que terá uma “mão firme e sem complexos” contra a ação. A garantia foi dada pelo presidente do Governo nacional ao líder do Partido Popular (PP) de Espanha, numa reunião que teve lugar esta segunda-feira.

O vice-secretário de comunicação do PP, Pablo Casado, explicou ao El País que esta foi a mensagem de Rajoy sobre a possibilidade de uma declaração unilateral de independência da Catalunha. “O presidente Rajoy disse-nos que fará tudo o que for necessário, sem desistir de qualquer instrumento que a Constituição e o código penal prevejam e que seja suficiente”, explicou Casado. “Se for feito o que ninguém quer ser feito [declarar independência], a resposta será com uma mão firme, sem complexos”.

“Não há espaço para o apaziguamento ou a mediação internacional. Isto é um escândalo. Com todo o respeito, isto não é o Sudão ou a Jugoslávia, Espanha não pode mediar com a Espanha”, continuou o representante do PP. “Não temos nada para dar ou negociar com golpistas”, concluiu, comparando Puigdemont com Lluís Companys, que declarou a independência e foi preso por isso.

Em 1940, Companys foi fuzilado pela ditadura de Franco, depois de ter sido entregue pela Gestapo às autoridades franquistas. “Na história, as declarações de independência da Catalunha acabaram muito mal”, sublinhou Casado, segundo o El País.

Esta segunda-feira, a vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Presidência, Soraya Sáenz de Santamaría, também anunciaram que, caso o Parlamento da Catalunha aprove, na terça-feira, uma declaração unilateral de independência, o Governo poderá pôr em marcha o Artigo 155 da Constituição “para restaurar a lei e a democracia” nessa comunidade.

Sáenz de Santamaría advertiu que “se Puidgemont declarar unilateralmente a independência isso não será bem visto e caberá ao Governo, através do Senado, adotar medidas” contra o culminar do seu desafio secessionista.

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