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Reino Unido diz que hackers russos planeavam atacar os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020

O Reino Unido identificou que “os alvos incluíam os organizadores dos Jogos, serviços de logística e patrocinadores”, referindo que “os ataques aos Jogos Olímpicos de 2020 são a mais recente campanha de atividades cibernéticas maliciosas da Rússia”. 
20 Outubro 2020, 14h12

Hackers russos apoiados pelo Estado planeavam atacar os Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio antes de serem adiados, de acordo com anúncio dos governos britânico e norte-americano.

Num comunicado publicado na página do governo britânico, é avançado que “o serviço de inteligência militar da Rússia, o GRU, realizou reconhecimento cibernético contra oficiais e organizações nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2020, antes de serem adiados”.

O Reino Unido identificou que “os alvos incluíam os organizadores dos Jogos, serviços de logística e patrocinadores”, referindo que “os ataques aos Jogos Olímpicos de 2020 são a mais recente campanha de atividades cibernéticas maliciosas da Rússia”.

Além do evento de 2020, que foi adiado, o governo britânico confirmou “pela primeira vez a extensão da segmentação do GRU para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, na República da Coreia”.

“A unidade cibernética do GRU tentou disfarçar-se de hackers norte-coreanos e chineses quando teve como alvo a cerimónia de abertura dos Jogos de Inverno de 2018”, aponta o comunicado inglês sublinhando que o serviço de inteligência militar da Rússia teve “como alvo emissoras, uma estação de esqui, oficiais olímpicos e patrocinadores dos jogos em 2018”.

“O GRU implantou malware de exclusão de dados contra os sistemas tecnológicos dos Jogos de Inverno e dispositivos direcionados em toda a República da Coreia utilizando VPNFilter”, revelou a missiva do executivo de Boris Johnson.

Assim, o serviço de segurança do Reino Unido NCSC avaliou que o incidente de 2018 “teve o objetivo de sabotar a execução dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno, já que o programa malicioso foi projetado para apagar dados e desativar computadores e redes. Os administradores trabalharam para isolar o malware e substituir os computadores afetados, evitando possíveis interrupções”.

Sobre os ataques, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab considerou “as ações do GRU contra os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos cínicas e temerárias” e assegurou que o Reino Unido condena os ataques.

Dominic Raab também garantiu que “o Reino Unido continuará a trabalhar com nossos aliados para alertar e combater futuros ataques cibernéticos maliciosos”.

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