O Reino Unido registou este domingo mais quatro mortes por Covid-19 e mais 1.926 infeções com o novo coronavírus, segundo o balanço diário divulgado pelo governo de Boris Johnson. Desde o início da pandemia, o país totaliza 127.679 mortes em 4.450.777 casos de infeção confirmados.
Até sábado, 36.573.354 pessoas tinham sido vacinadas contra a Covid-19 com uma dose e 20.103.658 com uma segunda dose (vacinação completa).
O governo britânico manifestou-se este domingo confiante na eficácia das vacinas contra a variante do SARS-CoV-2 com origem na Índia, numa altura em que o aumento de infeções com a nova estirpe é uma preocupação antes do início de uma nova fase de desconfinamento.
Apesar dos apelos de cientistas à prudência no desconfinamento, o governo considerou não haver motivos para adiar a flexibilização prevista para segunda-feira, com o regresso do serviço de sala em bares e restaurantes, a reabertura de espaços culturais e a retoma das viagens ao exterior.
No entanto, uma forte circulação da variante identificada pela primeira vez na Índia pode colocar em causa o levantamento de quase todas as restrições, previsto para 21 de junho. A decisão será tomada no dia 14 de junho, de acordo com o ministro da Saúde, Matt Hancock.
No território britânico, o número de casos atribuídos a esta variante mais que duplicou numa semana, subindo para 1.313 esta semana, segundo as autoridades de saúde, que indicaram que os casos estão concentrados sobretudo no noroeste do país e em Londres.
O comité científico que assessora o Governo estimou que havia uma “possibilidade realista” de que a variante fosse até 50% mais contagiosa do que a que surgiu no final de 2020 no sudeste de Inglaterra.
Esta última levou a um surto de contágios e mortes no Reino Unido, obrigando o país a voltar a confinar por longo tempo em janeiro.
Se a variante descoberta na Índia for 40% a 50% mais contagiosa, o alívio das restrições na segunda-feira poderá “levar a um aumento substancial dos internamentos”, que seriam “semelhantes ou mais importantes do que em picos anteriores” quando os serviços de saúde estavam à beira da rutura, alertou o comité.
“Se as pessoas foram vacinadas duas vezes (…) temos uma certeza crescente, com base nos primeiros dados laboratoriais (…), de que as vacinas são eficazes contra a variante indiana”, disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, em declarações à BBC.
As autoridades de saúde defendem que, para impedir a propagação da nova variante, que se pode tornar “dominante”, o intervalo entre as duas doses da vacina deve ser reduzido de três para dois meses para pessoas com mais de 50 anos e mais vulneráveis, enquanto a testagem é reforçada nas áreas afetadas.
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