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Reitor da Universidade de Lisboa arrasa medida de Manuel Heitor

António Cruz Serra criticou duramente a decisão do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de cortar 5% nas vagas das áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. Foi esta quinta-feira na abertura do ano letivo 2018/2019, abrilhantada pela Lição de Sapiência de Marcelo Rebelo de Sousa.
  • José Sena Goulão/Lusa
20 Setembro 2018, 17h41

“As instituições de Lisboa e Porto perderam este ano, por imposição governamental, 1066 vagas enquanto as 31 instituições do Algarve, ilhas, interior, de Coimbra, Aveiro e Minho receberam apenas mais 98 alunos do que no ano anterior”.

O balanço foi feito esta quinta-feira à tarde por António Cruz Serra, Reitor da Universidade de Lisboa, na intervenção que antecedeu a Lição de Sapiência proferida pelo professor da Faculdade de Direito de Lisboa Marcelo Rebelo de Sousa, em vésperas de por imposição legal concluir a sua vida académica.

Após a primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, a Universidade de Lisboa recebeu um total de 7214 novos estudantes, um número “ lamentavelmente, menor do que em anos anteriores”, em virtude do corte nas vagas.

“Não podemos compreender que o nosso Ministério force as melhores universidades a fechar as suas portas a excelentes estudantes, quando tinham todas as condições para os receber”, afirmou. Cruz Serra, adiantando: “Nunca será com tais medidas, que impedem os jovens de estudar nas universidades mais prestigiadas do país e melhor qualificadas nos rankings internacionais, que promoveremos o desenvolvimento do interior do país.”

Segundo Cruz Serra, o país tem de resolver o problema assegurando um aumento da base de recrutamento do seu ensino superior, no país e no estrangeiro” se quiser combater o “inverno demográfico” que se aproxima.

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