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Reserva Federal não sabe quantas subidas de taxas fará em 2019

Nas minutas da reunião do final de janeiro, a Reserva Federal norte-americana assinala que será paciente e que vários participantes argumentaram que um “aumento das taxas só seria necessário se os resultados da inflação fossem mais altos do que nas perspetivas de base”,
  • REUTERS/Kevin Lamarque
20 Fevereiro 2019, 19h53

Vários membros da Reserva Federal norte-americana consideraram benéfica uma pausa na subida da federal funds rate na reunião do final de janeiro e ainda não é claro quantos ajustes no intervalo da taxa diretora será apropriado fazer este ano.

“Muitos participantes sugeriram que ainda não está claro quais ajustes no intervalo de metas para federal funds rate podem ser apropriados ainda este ano. Vários desses participantes argumentaram que um aumento das taxas só seria necessário se os resultados da inflação fossem mais altos do que nas perspetivas de base”, referem as minutas da reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), publicadas esta quarta-feira.

“Diversos outros participantes indicaram que, se a economia evoluísse como esperavam, considerariam adequado aumentar a meta para a taxa dos fundos federais ainda este ano”, acrescentam.

A Fed manteve a taxa de juros de referência inalterada na reunião de 29 e 30 de janeiro, num intervalo entre 2,25% e 2,50%. No entanto, a instituição liderada por Jerome Powell alterou a posição em relação ao percurso dos aumentos das taxas de juro dizendo que irá ser paciente, tendo em conta os desenvolvimentos económicos e financeiros, quando anteriormente apontava para aumentos graduais.

Em conferência de imprensa, o presidente da Fed disse que a instituição pode dar-se ao luxo de adotar a posição de “esperar e ver”, adiantando que só novos dados e as implicações para as perspetivas económicas poderão ditar quanto poderá durar essa paciência.

Nas minutas divulgadas nesta quarta-feira a Fed sublinha estar disponível para ajustar qualquer um dos detalhes para completar a normalização do balanço à luz da evolução económica e financeira.

“Além disso, o Comité estaria preparado para usar todas as ferramentas, inclusive alterar o tamanho e a composição do balanço, se as condições económicas futuras justificassem uma política monetária mais acomodatícia do que a que pode ser obtida apenas pela redução da federal funds rate”, refere.

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