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Rui Moreira: “Tenho condições” para fazer um “futuro ainda melhor” (com áudio)

No tradicional ambiente de festa, o atual presidente da Câmara do Porto apresentou a sua candidatura à cidade. De lado ficaram os temas polémicos e os ataques aos adversários.
  • Rui Moreira
17 Junho 2021, 20h52

Um discurso contido, sem ataques aos adversários nem a alusão à polémica do caso Selminho: foi assim, no tradicional ambiente de festa – GNR a abrir e Lou Reed a fechar – que o independente Rui Moreira apresentou ao final da tarde desta quinta-feira uma candidatura que toda a cidade tinha a certeza que acabaria por ver a luz do dia.

“Quero concluir os projetos que a pandemia atrasou e acredito que tenho condições para projetar um futuro ainda melhor para o Porto e para as suas gentes”, afirmou Rui Moreira – não sem antes ter elencado os principais pontos da sua atuação nos últimos oito anos.

Moreira quer que a campanha à Câmara do Porto continue a ser “diferente das outras” e disse estar certo de que “a política rasteira e infame nunca chegará do Porto, mas sim zumbirá de outros poleiros”. Como disse, no Porto a preferência vai para “o debate aberto e positivo” e será esse “o caminho certo para construirmos uma cidade cada vez mais independente, livre, economicamente forte, criadora de emprego e riqueza, vibrante e sustentada”.

“Este caminho incomodou muita gente, principalmente aqueles que, como se diz no Porto não têm noção, e continuam a trocar o Porto pelo Terreiro do Paço, ao ponto de não terem descansado enquanto não criaram uma lei para nos impedir de voltar a usar o lema “O Nosso Partido é o Porto”, disse.

Rui Moreira salientou que o novo Plano Diretor Municipal (PDM) permitirá concretizar “o que faltava no projeto de cidade” do movimento independente, nomeadamente, “duplicar a área verde da cidade”, “aumentar a habitação acessível” e “promover a competitividade económica e do emprego”.

Defendendo que o projeto que apresenta à corrida à Câmara do Porto “não pode ser condicionado por ideologias”, Rui Moreira disse ser necessário saber “substituir a ortodoxia das ideologias pelo pensamento e pelo conhecimento”. “Temos os ingredientes para isso”.

Rui Moreira apresentou a sua candidatura no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota perante uma plateia de mais de 400 apoiantes – nenhum deles tendo temperatura acima dos recomendados 37 graus, mas vendo-se obrigados a sentarem-se em cadeiras aos pares, que teimavam em não se deixar desemparelhar.

CDS-PP, Iniciativa Liberal, do Nós, Cidadãos! e MAIS – Movimento de Cidadania Independente, são as formações políticas que o apoiam. Em 2013, foi eleito com 39,25% dos votos, para, quatro anos mais tarde, atingir os 44,5%.

À Câmara do Porto são já conhecidas as candidaturas de Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (Bloco de Esquerda), Vladimiro Feliz (PSD),Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal) e António Fonseca (Chega).

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