Rússia prepara agenda para um possível encontro entre Putin e Biden

A Rússia está a elaborar propostas para a agenda de uma possível reunião entre o presidente Vladimir Putin e o presidente dos EUA, Joe Biden, segundo a “Reuters”.

A informação partiu do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. Biden também já tinha expressado a sua vontade de conversar com Putin durante uma viagem à Europa no mês que vem. No entanto, ainda não existem certezas de que o encontro vá mesmo acontecer e os tópicos a abordar não foram anunciados.

As relações entre os EUA e a Rússia têm-se degradado ao longo dos últimos meses e a tensão continua a crescer. A 21 de maio a “CNN” avançou que a Rússia está a reforçar a presença e poderio militar no Ártico, tendo expandido recentemente a base aérea situada mais a norte da Rússia para mais 3500 metros de comprimento. A nova base consegue acolher cerca de 150 soldados.

Do lados dos americanos, durante a reunião do Conselho do Ártico, o secretário de Estado norte-americano revelou que os EUA, que também têm interesse em fazer crescer a presença na região – estão “preocupados com algumas das recentes atividades militares no Ártico”.

Enquanto agora concorrem pelo Ártico, em abril o embaixador americano abandonou a Rússia. O embaixador de Washington em Moscovo anunciou, a 20 de abril, que ia regressar aos Estados Unidos, num momento que classificou como uma “situação extremamente tensa” entre EUA e Rússia. A decisão decorreu dias depois de o governo russo ter recomendado que John Sullivan deixasse o país.

“Acredito ser importante falar diretamente com os meus novos colegas do governo Biden em Washington sobre o atual estado das relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia”, explicou Sullivan em comunicado. A saída de Sullivan sucedeu depois de o governo Biden ter expulsado dez diplomatas russos e ter anunciado sanções abrangentes contra a Rússia pela suposta interferência nas eleições.

Paralelamente, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos EUA, Josep Borrel, também falou sobre a degradação da relação entre os dois países. “No geral, as relações com a Rússia não estão a melhorar. Pelo contrário, as tensões estão a aumentar em várias áreas”, frisou.