Os sindicatos dos bancários que integram a Federação Nacional do Sector Financeiro (Febase) marcaram para este sábado, 3 de fevereiro, “uma concentração de repúdio àquilo que chamam de diversos “atropelos” aos direitos dos trabalhadores do banco público. Mais de uma centena de pessoas deverão aderir a esta acção que está marcada para o dia em que se realiza o encontro anual de quadros da CGD em Santa Maria da feira, com a concentração prevista para as imediações do centro de congressos Europarque.
“Convocámos as estruturas dos sindicatos da Febase, através dos Sindicatos dos Bancários do Norte, Centro e Sul e Ilhas, para uma concentração de repúdio neste sábado, às 8h30, à porta das instalações do Europarque, em Santa Maria da Feira”, revelou ao Jornal Económico Mário Mourão, secretário geral da Federação que integra os sindicatos verticais dos bancários.
O sindicalista avança ainda que vários trabalhadores da CGD “estão a sofrer ameaça de dirigentes caso não participem no encontro de quadros e adiram à concentração no exterior”, acrescentando que o encontro de quadros “não se enquadra num dia normal de trabalho e nem sequer se trata de uma acção de formação”.
Segundo Mário Mourão a acção deve-se ao “clima de degradação, intimidação, instabilidade, perda de regalias dos trabalhadores e atropelos ao Acordo de Empresa da CGD, nomeadamente ao facto de não contar o tempo das progressões de carreira que estiveram bloqueadas no tempo da troika”.
Em causa está, diz, “uma concentração de repúdio” pelos diversos atropelos do acordo de empresa que estão a ser praticados pelo conselho de administração”.
Este responsável explica que na base dos “atropelos” está o plano de reestruturação que a administração liderada por Paulo Macedo está a levar a cabo: “tem vindo a provocar numerosas situações gravosas para os seus trabalhadores e para os utentes”. E alerta para a importância do diálogo com a administração e pela defesa de uma CGD pública, uma vez que esta estrutura sindical considera que “está a ser esvaziada da confiança que os portugueses nela depositavam”.
“Estamos a descaracterizar um banco como a CGD que tem uma função na sociedade portuguesa que é a de prestação de um serviço público. A Caixa é um banco tutelado pelo Ministério das Finanças e é chamado quando há problemas no sector financeiro”, frisa Mário Mourão”, apontando o dedo à “degradação da imagem da instituição, com a introdução de carrinhas transformadas em agências ambulantes;
O sindicalista da Febase dá conta de situações como o “incumprimento do acordo de empresa, a eliminação de direções, o encerramento discricionário de agências, bem como o esvaziamento de instalações, com o intuito de as alienar, em benefício da concorrência e ainda o tratamento dos trabalhadores como meras peças descartáveis, que vivem a incerteza do seu destino”.
Os sindicatos condenam ainda “as ameaças e intimidações pressionando a consecução de objetivos, numa prática continuada de assédio”.
Para a Febase estes comportamentos afetam “profundamente” a estabilidade social e familiar dos trabalhadores que, salienta, é “o maior capital da instituição”, acrescentando que os trabalhadores lutam por um trabalho com dignidade e pelo cumprimento do acordo de empresa. A Febase salienta ainda a importância do diálogo com a administração e pela defesa de uma CGD pública, uma vez que esta estrutura sindical considera que “está a ser esvaziada da confiança que os portugueses nela depositavam”.
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