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Sindicatos convocam concentração de “repúdio” em dia de encontro anual de quadros da CGD

A ação de luta realiza-se neste sábado, 3 de fevereiro,no centro de congressos Europarque, em Santa Maria da Feira. Federação Nacional do Sector Financeiro (Febase) justifica acção, que se realiza em dia de encontro anual de quadros da CGD com “clima de degradação, intimidação e e atropelos ao Acordo de Empresa”.
3 Fevereiro 2018, 09h00

Os sindicatos dos bancários que integram a Federação Nacional do Sector Financeiro (Febase) marcaram para este sábado, 3 de fevereiro, “uma concentração de repúdio àquilo que chamam de diversos “atropelos” aos direitos dos trabalhadores do banco público. Mais de uma centena de pessoas deverão aderir a esta acção que está marcada para o dia em que se realiza o encontro anual de quadros da CGD em Santa Maria da feira, com a concentração prevista para as imediações do centro de congressos Europarque.

“Convocámos as estruturas dos sindicatos da Febase, através dos Sindicatos dos Bancários do Norte, Centro e Sul e Ilhas,  para uma concentração de repúdio neste sábado, às 8h30, à porta das instalações do Europarque, em Santa Maria da Feira”, revelou ao Jornal Económico Mário Mourão, secretário geral da Federação que integra os sindicatos verticais dos bancários.

O sindicalista avança ainda que vários trabalhadores da CGD “estão a sofrer ameaça de dirigentes caso não participem no encontro de quadros e adiram à concentração no exterior”, acrescentando que o encontro de quadros “não se enquadra num dia normal de trabalho e nem sequer se trata de uma acção de formação”.

Segundo Mário Mourão a acção deve-se ao “clima de degradação, intimidação, instabilidade, perda de regalias dos trabalhadores e atropelos ao Acordo de Empresa da CGD, nomeadamente ao facto de não contar o tempo das progressões de carreira que estiveram bloqueadas no tempo da troika”.

Em causa está, diz, “uma concentração de repúdio” pelos diversos atropelos do acordo de empresa que estão a ser praticados pelo conselho de administração”.

Este responsável explica que na base dos “atropelos” está o plano de reestruturação que a administração liderada por Paulo Macedo está a levar a cabo: “tem vindo a provocar numerosas situações gravosas para os seus trabalhadores e para os utentes”. E alerta para a importância do diálogo com a administração e pela defesa de uma CGD pública, uma vez que esta estrutura sindical considera que “está a ser esvaziada da confiança que os portugueses nela depositavam”.

“Estamos a descaracterizar um banco como a CGD que tem uma função na sociedade portuguesa que é a de prestação de um serviço público. A Caixa é um banco tutelado pelo Ministério das Finanças e é chamado quando há problemas no sector financeiro”, frisa Mário Mourão”, apontando o dedo à “degradação da imagem da instituição, com a introdução de carrinhas transformadas em agências ambulantes;

O sindicalista  da Febase dá conta de situações como o “incumprimento do acordo de empresa, a eliminação de direções, o  encerramento discricionário de agências, bem como o esvaziamento de instalações, com o intuito de as alienar, em benefício da concorrência e ainda o tratamento dos trabalhadores como meras peças descartáveis, que vivem a incerteza do seu destino”.

Os sindicatos condenam ainda “as ameaças e intimidações pressionando a consecução de objetivos, numa prática continuada de assédio”.

Para a Febase estes comportamentos afetam “profundamente” a estabilidade social e familiar dos trabalhadores que, salienta, é “o maior capital da instituição”, acrescentando que os trabalhadores lutam por um trabalho com dignidade e pelo cumprimento do acordo de empresa. A Febase salienta ainda a importância do diálogo com a administração e pela defesa de uma CGD pública, uma vez que esta estrutura sindical considera que “está a ser esvaziada da confiança que os portugueses nela depositavam”.

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