As autoridades suíças queriam descobrir informações incriminatórias sobre o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e para avançarem com uma investigação, pediram ajuda à pessoa que estava por trás da página ‘Football Leaks’, o hacker português Rui Pinto.
O “Público” denuncia que a justiça suíça enviou um e-mail a Rui Pinto no final de 2018, tendo este sido adicionada ao processo que decorre em Portugal, onde o hacker responde por 90 crimes.
O procurador Damian K. Graf de Valais contactou o criador do ‘Football Leaks’ e explica que tem aberta uma investigação face às alegações de que Gianni Infantino teria atribuído vantagens indevidas ao magistrado suíço Rinaldo Arnold, de forma a conseguir reunir-se em segredo com a figura máxima do Ministério Público, Michael Lauber. O encontro – ou vários, como suspeitam as autoridades – terá servido para fazer desaparecer uma investigação sobre a concessão de um contrato de direitos televisivos a uma empresa offshore.
Graf solicitou ao hacker português “quaisquer documentos relevantes sobre as alegações supramencionadas, particularmente quaisquer e-mails trocados entre Gianni Infantino e Rinaldo Arnold, assim como quaisquer e-mails que mencionem Rinaldo Arnold”. Uma semana após a mensagem, Rui Pinto terá mostrado vontade de facultar tais documentos mas o contacto teria de ser realizado através do seu advogado William Bourdon.
A detenção do português aconteceu menos de um mês após a troca de correspondência com Damian K. Graf, mas a investigação as autoridades suíças ainda conseguiu concluir que Lauber era “culpado de ter violado várias funções do cargo” e de se ter reunido com Infantino em três ocasiões distintas.
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