A Apollo Global Management já está a receber propostas não vinculativas para a Seguradoras Unidas, que engloba a Tranquilidade, a Açoreana e a Logos.
A lista de candidatos são todos players internacionais, sabe o Jornal Económico. Alguns deles já foram avançados pelo jornal espanhol ‘Cinco Días’. Trata-se da Mapfre, da Ageas, da Generali, da Zurich e da Allianz.
Durante este mês, decorrerá a fase das propostas non-binding (propostas não vinculativas). Para realizar a venda, o fundo norte-americano contratou a espanhola Arcano Partners.
Entre maio e junho, serão analisadas as propostas e será selecionada uma short-list de três companhias para apresentação de propostas vinculativas.
O objetivo do fundo Apollo é ter um vendedor escolhido para um contrato de promessa de compra e venda até ao fim de junho. Contatada, a fonte oficial da Tranquilidade não comenta.
Segundo o calendário indicativo revelado ao Jornal Económico, a finalidade dos norte-americanos é ter o closing da venda, já depois das devidas autorizações regulatórias, até ao fim do ano.
O Jornal Económico sabe que o valor indicativo da Apollo para a venda ronda entre os 500 e 600 milhões de euros, e o valor económico das propostas poderá subir até aos mil milhões, se houver uma grande competição pela compra do grupo segurador. O valor da compra dependerá ainda da necessidade de reforço, ou não, do capital de alguma das companhias de seguros.
A seguradora Tranquilidade foi comprada pela Apollo ao Novo Banco em 2015, por cerca de 50 milhões e é o ativo mais valioso da Seguradoras Unidas. Segundo fontes do setor, a Apollo avaliará agora a Tranquilidade entre 400 e 500 milhões.
Em 2015, o negócio e venda da seguradora foi fixado em torno de 215 milhões de euros, dos quais 50 milhões de euros em dinheiro e mais de 150 milhões para reforçar os capitais da instituição, segundo notícias da altura. A Tranquilidade (incluindo a Açoreana) é a segunda maior seguradora no segmento não vida, com uma quota de mercado de cerca de 15%.
A seguradora tem 1,4 milhões de clientes (entre particulares e empresas) e trabalha com uma rede de distribuição de mais de 2.500 pontos de venda – 80 corretores, 2.100 agentes multimarca e 400 agentes exclusivos.
A Seguradoras Unidas ainda não apresentou resultados de 2018. O relatório e contas de 2017, a nível individual, mostra que a Tranquilidade teve um prejuízo de 41,7 milhões, o que compara com lucros de 29,8 milhões em 2016. Mas fonte do mercado contactada pelo Jornal Económico diz que a seguradora terá fechado 2018 com números positivos.
Artigo publicado na edição nº 1983 de 5 de abril do Jornal Económico
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