Donald Trump decidiu não comparecer ao jantar anual organizado pela Associação dos Correspondentes da Casa Branca (WHCA) em Washignton, um evento em que é tradição satirizar e ridicularizar o presidente dos EUA.
A decisão de não comparecer no evento é um indicativo da deterioração da relação do presidente norte-americano com os media, algo que tem sido patente desde a campanha, no entanto, este não é o primeiro líder a faltar ao jantar, revela o Guardian.
Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos EUA, também tinha uma ‘relação amarga’ com a comunicação social, mas a Associação de Correspondentes ainda não tinha sido criada na altura, tendo-o sido apenas em 1914.
Os jantares anuais começaram em 1921.
Em 1913, Woodrow Wilson ameaçou acabar com as conferências de imprensa presidenciais, argumentando que os jornais o citavam fora de contexto, nesse sentido, a Associação criou um código de conduta obrigatório para os jornalistas, numa tentativa de tranquilizar Wilson e manter as portas da Casa Branca abertas à comunicação social.
Wilson acabou por deixar de realizar conferências de imprensa em 1915.
Também Richard Nixon faltou ao eventou em 1972 e considerava a imprensa “o seu inimigo”, tal como Donald Trump apelida a imprensa de ser o “inimigo do povo”.
Ronald Reagan não compareceu ao jantar em 1981, mas não foi motivado por atritos com os media. O antigo presidente não pode comparecer depois de ser gravemente ferido numa tentativa de assassinato na estrada.
Destaca-se Bill Clinton como oposto dos presidentes acima enunciados, tendo participado em todos os oito jantares durante seus dois mandatos como presidente.
O jantar WHCA tem sido criticado nos últimos anos por incentivar a intimidade entre os media independentes e aqueles no poder, com algumas organizações de notícias, como o New York Times, a escolher não participar.
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