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Vacina da Moderna mostrou 94% de eficácia seis meses depois da toma da segunda dose

O valor revela uma alteração ligeira em relação à eficácia de 94% reportada depois ensaio clínico original. Os dados agora divulgados comparam favoravelmente em relação aos resultados obtidos na semana passada pela farmacêutica Pfizer/ BioNTech.
5 Agosto 2021, 13h29

A farmacêutica norte-americana Moderna anunciou, esta quinta-feira, que a vacina desenvolvida contra a Covid-19 demonstrou cerca de 93% de efetividade durante os seis meses que se seguiram à toma da segunda dose, o que revela uma alteração ligeira em relação à eficácia de 94% reportada depois ensaio clínico original.

Segundo a “Reuters”, a efetividade do fármaco apresenta assim uma maior durabilidade quando comparada com a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech que registou uma redução de 6% na sua eficácia a cada dois meses, situando-se nos 84% seis meses depois da segunda dose. Ambas as vacinas contém a tecnologia de de RNA mensageiro (mRNA), isto é, carregam o código genético do vírus que contém as instruções para que as células do corpo produzam determinadas proteínas.

“A nossa vacina contra a Covid-19 está a mostrar uma eficácia de 93% durante seis meses, mas reconhecemos que a variante Delta é uma nova ameaça significativa, por isso, devemos continuar vigilantes”, cita a agência as declarações do presidente executivo da Moderna, Stéphane Bancel.

No entanto, a empresa alertou ainda que será necessária uma dose de reforço antes do Inverno, uma vez que os níveis de anticorpos tendem a diminuir. A declaração por parte da Moderna chega num momento em que as autoridades de saúde mundiais debatem se as doses de reforço são seguras, eficazes e necessárias.

Enquanto isso, a Pfizer já planeia obter autorização para uma terceira injeção no final deste mês, e alguns países como Israel começaram a administrar terceiras doses em pessoas mais velhas ou vulneráveis.

Uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 tem sido alvo de polémica e levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a pedir aos países mais ricos uma moratória na inoculação dessa dose até, pelo menos, oito semanas.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acredita que este adiamento permitiria que pelo menos 10% da população mundial fosse vacinada. O dirigente advertiu que as nações mais pobres estão a ficar para trás, e afirmou que a maioria das vacinas deveria ir, agora, para esses países.

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