A marca de roupa britânica, ‘Marks & Spencer’ está envolvida numa polémica por ter colocado à venda ‘hijabs’ (o tradicional véu islâmico que cobre o cabelo, ombros e troco) como uniforme escolar.
A peça encontra-se no site da marca, e está disponível em vários tamanhos e cores. O preço ronda as seis libras, (cerca de 6,84 euros) e foi posto à venda pela primeira vez este verão.
As respostas têm sido mistas desde então, no entanto a maioria afirma que esta é uma forma de opressão islâmica e que a promove a sexualização das crianças muçulmanas. Entre as várias opiniões, o ativista, escritor e político Maajid Nawaz ‘twitou’ que a venda deste produto “promove o medievalismo”.
O fundador da Fundação Quilliam, um grupo que combate o radicalismo islâmico, considera que ”[eles] têm o direito de escolher os lucros invés dos valores, nós temos o [direito] de os criticar por isso” acrescentou. “Estão a dizer às raparigas que não é ”modesto” mostrar o cabelo”.
https://twitter.com/MaajidNawaz/status/1050068638735196160?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1050068638735196160&ref_url=https%3A%2F%2Felpais.com%2Finternacional%2F2018%2F10%2F16%2Fmundo_global%2F1539683807_040379.html
A marca entretanto respondeu ao ativista através da rede social, explicando que “[nós] oferecemos uniformes personalizados para 250 escolas em todo o país que nos informam, todos os anos, que peças são necessárias na lista de uniformes escolares. Este ano, várias escolas solicitaram a opção do hijab”.
O deputado trabalhista Khalid Mahmood pediu que a marca “peça desculpa” e que retire o produto que, até hoje, continua a ser vendido.
Labour MP Khalid Mahmood says Marks and Spencer should apologise and withdraw the school hijab.@MaajidNawaz @Khalid4PBhttps://t.co/3VHYHsn64u
— LBC (@LBC) October 13, 2018
Inna Shevchenko, ativista ucraniana e co-fundadora do grupo Femen, acusa a marca de concordar com a ideia de que as raparigas podem ser uma ameaça sexual. ”A M & S optou por capitalizar desta opressão, e agora escolhemos criticar e boicotar a marca! ” ‘twitou’ Shevchenko.
. @marksandspencer now proposes hijab in their schoolwear category for girls as young as 3 years old! M&S chose to agree with the idea that small girls can be sexually immodest. M&S chose to capitalize on oppression. Let’s now all together chose to shame and boycott M&S! pic.twitter.com/DcPWh1jHjm
— inna shevchenko (@femeninna) October 11, 2018
Os títulos da marca britânica seguem a tendência no vermelho, −2,20 para 0,77%, e segundo os dados do El País, este ano registaram uma queda de 64% e planeiam fechar várias lojas devido ao boicote.
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