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Vendas da Renault afundaram no primeiro semestre, mas elétrico Zoe cresceu 50%

O elétrico citadino Zoe registou um crescimento das vendas no valor de 50% no primeiro semestre, contribuindo para mitigar as quebras registadas nas vendas globais.
20 Julho 2020, 11h08

O fabricante automóvel francês Renault anunciou que as vendas de veículos caíram 34,9% no primeiro semestre de 2020 devido ao impacto do novo coronavírus, mas as vendas do elétrico Zoe ajudaram a mitigar as perdas nas contas na primeira metade do ano, “subindo perto de 50%”.

No comunicado de contas, o grupo Renault aponta a venda de 1.256.658 carros durante o primeiro semestre deste ano, “com um forte impulso elétrico e uma recuperação de vendas em junho”. Esta quebra de vendas, de acordo com a empresa, deve-se ao facto da maioria dos países ter imposto bloqueios ao confinamento.

Dando destaque ao segmento de carros elétricos, que foram o sucesso de vendas da pandemia, o fabricante francês aponta um crescimento exponencial de 38% em todo o mundo, com vendas de 37.540 unidades no semestre em análise, sendo que apenas no mês de junho se verificou a encomenda recorde de 11 mil unidades.

“O mundo está a passar por uma crise sem precedentes, com grande impacto nos nossos negócios”, disse Denis le Vot, vice-presidente de vendas do grupo Renault e membro do Conselho Executivo. “Assim que a recuperação começou, as nossas fábricas e as redes de venda mobilizaram-se rapidamente para corresponder às necessidades dos nossos clientes, com uma procura sustentada em junho devido às medidas de apoio governamental na Europa”, lê-se no comunicado.

“Começamos a segunda metade do ano com um nível muito alto de encomendas, um nível satisfatório de produtos, um aumento no posicionamento de preços em toda a gama e a oferta da nova e-tech Hybrid, que é única no seu segmento e já é muito bem recebida”, indica o comunicado assinado pelo vice-presidente.

Além das boas vendas do Zoe, a Renault assume um melhor posicionamento da gama elétrica, com a chegada do Twingo Z.E, e o lançamento dos motores e-tech Hybrid nos veículos com mais vendas, como o Clio, Captur e Megane Estate. Foram as novidades no setor elétrico que fez com que os objetivos do grupo para 2020 se mantivessem inalterados.

Na Europa, o fabricante vendeu 623.854 veículos, menos 41,8% num mercado que registou quebras gerais de 38,9%. O novo Renault Clio, segundo a empresa, foi o veículo que mais vendeu no segmento B, com um total de 102.949 unidades vendidas no primeiro semestre.

Também a Dacia, que faz parte do grupo Renault, anunciou perdas de 48,1% nas vendas, verificando a venda de 161.334 veículos. O comunicado aponta que no mês de junho, as vendas de mercado aumentaram 10,5% para a Renault e 3,5% para a Dacia.

Fora da Europa, o grupo foi “particularmente afetado pela desaceleração do mercado russo, onde se verificou uma quebra de -23,3%, na Índia, com uma contração de -49,4%, no Brasil com uma quebra de -39% e na China, que verificou a menor descida, com -20,8%.

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