Ao terceiro dia desta semana, quarta-feira 26 de fevereiro, os índices norte-americanos tentam não só aguentar o ganho de abertura, mas também estender a pressão compradora para uma valorização que reduz para metade o descalabro da sessão anterior.
Seja um mero apontamento de rebound técnico ou uma estabilização mais séria, por ora é demasiado cedo para se poder aferir para além de algumas indicações, uma vez que as consequências mais imediatas e visíveis da progressão da epidemia de coronavírus fora da China só agora começam a dar sinais, com o aumento dos casos na Europa e nas Américas, o que trará consigo alguma cautela nesses mercados a curto prazo.
Um sinal positivo é o facto do número de casos fora da China ter pela primeira vez ultrapassado os deste país asiático, o que se tivermos em conta que o progresso do contágio é como uma série de ondas, i.e. poderemos esperar que, não havendo um evento disruptivo num dos países afectados, o perigo possa vir a diminuir nas próximas semanas, até porque já existem vários relatos de potenciais vacinas e/ou tratamentos mais eficazes contra o vírus.
Em suma, os próximos dias serão importantes para perceber qual a consistência do sentimento e se, após dez anos de bull market, há ou não vontade de forçar o mercado a uma correcção real, o que não aconteceu na última década.
Para já, os sectores que mais valorizam são os que mais perderam ontem, terça-feira, nomeadamente tecnológicas, materiais e industriais, enquanto que os activos refúgio demonstram fraqueza relativa apesar de não estarem no vermelho, isto nas acções, porque no Forex o yen corrige -0,4% para os 110,59, ao passo que o ouro está praticamente inalterado nos $1,635 por onça.
O gráfico de hoje é do Nasdaq, o time-frame é semanal.
A existir uma correcção mais pronunciada no índice tecnológico, a zona dos 8.000 apresenta-se como um local de possível suporte extra.
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