O antigo primeiro-ministro José Sócrates negou, esta terça-feira e através de comunicado, “que tenha feito viagens ao estrangeiro que tivessem excedido o limite de cinco dias a partir do qual sou obrigado a comunicar ao tribunal o local da minha ausência”.
Esta terça-feira, o Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.
As acusações surgem na sequência de uma entrevista que José Sócrates deu à CNN, na semana passada, em que o ex-primeiro-ministro disse que esteve duas semanas nos Emirados Árabes Unidos.
Sobre o alegado plano de fuga de que fala o Ministério Público, José Sócrates afirmou que: “Doze anos depois, estamos no terceiro perigo de fuga. Houve perigo de fuga no aeroporto de Lisboa em 2014 quando estava a entrar no país, não a sair; houve perigo de fuga por estar a fazer um doutoramento no Brasil; agora pretendem que há perigo de fuga por ter ido duas vezes Abu Dhabi (em viagens distintas e curtas e que, nenhuma delas, ultrapassou cinco dias)”.
“A manobra, bem entendida, consiste em inverter os termos: eu denunciei os procuradores por serem suspeitos de passar informações a jornalistas sobre a minha vida privada; eles respondem insinuando que tenho feito viagens fora da lei e que isso significa perigo de fuga. As suspeitas do ministério público não são cómicas, são maldosas”, disse ainda o ainda chefe de Governo.
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