A 10 dias do início da greve dos motoristas, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) reiterou a sua preocupação com os impactos imediatos e muito abrangentes que poderão resultar da greve e fez hoje um apelo para que sejam garantidos serviços mínimos.
Num comunicado enviado esta sexta-feira às redações, a associação de agricultores portuguesa refere que a greve irá causar perturbações no abastecimento de combustível dos equipamentos agrícolas em operação nas áreas onde decorrem colheitas, particularmente de produtos muito perecíveis, como fruta, tomate de indústria, hortícolas, leite, bem como o seu transporte para os respetivos destinos.
Na nota, a CAP pede que seja garantido “pelo menos um posto de abastecimento prioritário por sede de concelho que, para além de gasóleo rodoviário, faculte também gasóleo agrícola” e solicita o envio urgente de informação em vista a identificação dos locais que se pretende sejam considerados locais prioritários de abastecimento.
Em declarações à Lusa, o presidente da Confederação, Eduardo Oliveira e Sousa, afirmou que uma greve em pleno mês de agosto, altura da colheita de vários produtos, como por exemplo o tomate, a pera-rocha e a uva para o vinho, “pode constituir um desastre” e não sabe se “o Governo está consciente” quanto à sua gravidade.
A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias, que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá que fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com