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Lucro da EDPR terá disparado para 225 milhões em 2017, antecipa Caixa BI

A subsidiária da EDP vai divulgar os números do ano passado esta terça-feira, antes da abertura do mercado. Forte crescimento e progresso em direção às metas deverá ser os destaque, afirma o banco de investimento.
26 Fevereiro 2018, 07h15

O ano passado foi pleno de notícias em relação à EDP Renováveis (EDPR) , nem todas favoráveis. A ‘casa mãe’ EDP lançou uma Operação Pública de Aquisição sobre as ações que não detinha da eólica, mas não conseguiu atingir os desejados 90% e retirar o título da bolsa. Em junho, o CEO da EDPR, João Manso Neto foi constituido arguido no âmbito da investigação à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

No plano das operações e da rentabilidade, no entanto, 2017 foi um ano mais positivo para a empresa. “Esperamos um bom conjunto de resultados, com empresa a caminho de atingir os objetivos”, referiu o Caixa Banco de Investimento (BI), num preview dos resultados de 2017, que irão ser divulgados esta terça-feira, antes da abertura do mercado.

Segundo as estimativas do banco de investimento, as receitas da EDPR terão subido 11% para 1.835 milhões de euros, sobretudo suportadas no aumento da produção de eletricidade.

A eólica informou a 23 de janeiro que a produção da EDP Renováveis aumentou 13% em 2017 para 27,6 TeraWatt horas de energia em relação ao ano anterior, beneficiando das adições de capacidade ao longo do ano e de um fator de utilização superior.

O EBITDA – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – terá avançado 15% para 1,341 milhões de euros, de acordo com a previsão do Caixa BI.

“Abaixo da linha do EBITDA salientamos que antecipamos uma queda de 15% no montante de amortizações mantendo a tendência verificada nos trimestres anteriores devido à extensão da vida útil dos ativos de 25 para 30 anos”, explicou.

Os custos financeiros líquidos também terão diminuído (-15% em termos homólogos), beneficiando de um custo médio da dívida mais baixo e de uma base de comparação desfavorável (devido a valores não recorrentes registados no ano anterior), acrescentou.

“O aumento do EBITDA juntamente com a diminuição das amortizações e dos custos financeiros compensam claramente a subida estimada para os impostos e para o valor dos interesses minoritários pelo que, de acordo com as nossas previsões, o resultado líquido deverá ter quadruplicado passando de 56 milhões em 2016 para 225 milhões em 2017”, concluiu o Caixa BI.

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