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“A formação financeira nas escolas continuará a ser uma prioridade da nossa atuação”, garante Mário Centeno

O Governador do Banco de Portugal e Presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros lembrou ainda a certificação de 390 professores ao longo de uma década para darem formação financeira
  • Cristina Bernardo
26 Outubro 2021, 12h39

O Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno – na intervenção durante a sessão de abertura da Semana da Formação Financeira – defendeu que o protocolo de cooperação assinado esta segunda-feira entre os supervisores financeiros e o Ministério da Educação para a promoção da educação financeira em contexto educativo e formativo, “vem reforçar a nossa colaboração de uma década”.

“Este protocolo vem estabelecer o compromisso na atualização do Referencial de Educação Financeira, de modo a responder às mudanças e exigências do mundo de hoje”, salientou o Governador que é também presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.

“Como Presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros asseguro-vos que a formação financeira nas escolas continuará a ser uma prioridade da nossa atuação e que faremos tudo para que os jovens de hoje façam amanhã parte de uma sociedade com uma literacia financeira sólida”, prometeu Centeno.

“Vivemos num mundo digital, onde as nossas decisões e comportamentos são influenciados pela rapidez e facilidade de acesso do mundo digital. Faz assim, todo o sentido que o Referencial de Educação Financeira, enquanto documento orientador para a formação escolar, incorpore os desafios da digitalização financeira”, defendeu ainda o Governador do BdP.

Mário Centeno garantiu que “a sustentabilidade financeira é outro dos desafios que também enquadrará o nosso trabalho”.

O protocolo assinado com o Ministério da Educação “também dá continuidade aos diversos programas desenvolvidos ao longo desta década. É o caso do programa de formação de professores, tão determinante para a transmissão rigorosa das temáticas da formação financeira”, disse.

“Ao longo destes anos tivemos o prazer de formar e certificar 390 professores. Aqui dedico um especial agradecimento à Escola Secundária Jorge Peixinho, onde decorreu o último curso de formação para os professores da Região de Lisboa e Vale do Tejo, ainda antes da pandemia”, referiu Mário Centeno.

O Governador do Banco de Portugal lembrou que ao longo desta década foram publicadosos Cadernos de Educação Financeira. “Desde o 1.º ciclo, e agora, até ao ensino secundário, professores e alunos têm uma base de estudo e de apoio para a elaboração das suas atividades escolares nas matérias de educação financeira”, disse.

“Neste domínio, como trabalho futuro, vejo como fundamental o reforço da divulgação e utilização destes materiais. Estes cadernos são excelentes guias de aprendizagem da educação financeira. É necessário potenciar a sua utilização, abrangendo mais escolas, mais professores e mais alunos. Cabe-nos também, enquanto responsáveis, potenciar essa utilização”, referiu o responsável pelo banco central e presidente do CNSF.

Outro desafio passa pelo desenvolvimento de novos materiais que tirem partido da digitalização, defendeu acrescentando que “o desenvolvimento de materiais didático-pedagógico específicos para a educação pré-escolar seria também uma forma captar a atenção dos mais pequeninos para temáticas mais simples da formação financeira, como os pagamentos, a poupança ou o risco”.

“Não posso deixar de mencionar o popular Concurso Todos Contam”, disse Centeno que lembrou que ao longo desta década “recebemos candidaturas de 544 escolas, de milhares de alunos, o que demonstra o sucesso da iniciativa”.

 

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