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Administração Trump vai acabar com cheques de 600 dólares para desempregados por considerar que não incentiva regresso ao trabalho

“Os 600 dólares são, de facto, um desincentivo [para as pessoas trabalharem]. Estamos a pagar-lhes para não trabalharem. É melhor do que os seus salários”, afirmou Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca.
  • Donald Trump
14 Junho 2020, 19h15

A administração Trump quer acabar em julho com os cheques de 600 dólares destinados aos trabalhadores que, por causa da paragem da economia, ficaram em casa sem trabalhar. A medida, que corresponde a ‘dinheiro lançado do helicóptero’ e que pressupõe que o Estado dê dinheiro diretamente aos contribuintes, foi lançada no início do surto pandémico nos Estados Unidos. Mas o Governo norte-americano considera que se trata de um desincentivo para as pessoas trabalharem, segundo o “Financial Times”.

“Os 600 dólares são, de facto, um desincentivo [para as pessoas trabalharem]. Estamos a pagar-lhes para não trabalharem. É melhor do que os seus salários”, afirmou Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca.

O Congresso norte-americano aprovou um pacote de estímulos económicos de 2,2 biliões de dólares que incluia passar cheques de 600 dólares aos norte-americanos que ficaram sem emprego. Depois, a Câmara dos Representantes, controlada pelo partido Democrata, aprovou outro pacote de três biliões de dólares, prevendo que o fosse lançado do helicóptero até ao final do ano, mas a iniciativa não passou no Senado, controlado pelo partido Republicano.

Ainda assim, Larry Kudlow revelou que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, estará a considerar um bónus para as pessoas voltarem a trabalhar, por um montante inferior a 600 dólares.

Em maio, dando sinais de recuperação económica, foram criados 2,5 milhões postos de trabalho, aliviando a taxa de desemprego, que agora se situa nos 13,3%. Ainda assim, persistem 21 milhões de cidadãos sem trabalho, segundo o último relatório do departamento do emprego norte-americano.

 

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