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Apesar do elevado risco de transmissibilidade, OMS alerta que Ómicron provoca sintomas ligeiros

Segundo um responsável pela entidade de saúde pública, a nova variante afeta, principalmente, a parte superior do corpo. “Ao contrário das [variantes] anteriores que podem causar pneumonia grave”, alertou Abdi Mahamud.
  • Organização Mundial de Saúde
4 Janeiro 2022, 13h10

Cada vez mais evidência científica tem assegurado a Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a nova variante da Covid-19, apesar de ser transmissível e afetar principalmente o sistema respiratório, causa sintomas mais leves do que as variantes anteriores.

“Temos visto cada vez mais e mais estudos que apontam que a Ómicron afeta, principalmente, a parte superior do corpo. Ao contrário das [variantes] anteriores que podem causar pneumonia grave”, cita a “Reuters”, esta terça-feira, as declarações de Abdi Mahamud, um representando da entidade de saúde mundial, que acrescentou que essa informação poderá traduzir-se em “boas notícias”.

O alerta surge numa altura em que se assiste a um disparo no número de infeções diárias não só em Portugal como no mundo, onde a variante se vai tornando dominante.

Esta terça-feira, os Estados Unidos registaram pela primeira vez desde o início da pandemia mais de um milhão de casos confirmados — quase o dobro do recorde anterior de cerca de 590.000 atingido apenas quatro dias antes nos EUA. Ainda assim, as autoridades de saúde norte-americanas confessam que o número real de casos poderá ser bastante superior, uma vez que muitos destes utentes estão a usar autotestes para autodiagnosticar eventuais infecções, cujos resultados não são reportados às autoridades oficiais. Por cá, atingiu-se também, na passada sexta-feira, o número recorde de novos casos. Foram mais de 30 mil casos diários de infecção (o que corresponde a cerca de 0,3% do total de 10,31 milhões de habitantes em território nacional).

Questionado sobre a necessidade de uma vacina específica contra a Ómicron, Mahamud disse que é muito cedo para dizer, mas enfatizou que a decisão requer coordenação global e não deve ser deixada para o sector comercial decidir sozinho.

Esta terça-feira, Portugal registou três milhões de utentes que já receberam a dose de reforço, isto numa altura em que decorre o processo para os utentes com mais de 50 anos e ainda os utentes com 30 anos que receberam a vacina da toma única da Janssen.

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