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Ataques aos sites de e-commerce aumentam 15% durante a Black Friday

O alargamento do período de descontos da Black Friday, contribui para uma exposição maior e mais prolongada a ciberataques, segundo um estudo da Kaspersky.
27 Novembro 2019, 07h45

A Black Friday tornou-se no maior evento de consumo anual, com 95% dos consumidores conscientes deste dia. Mas se inicialmente as compras eram maioritariamente feitas em lojas, hoje em dia, o e-commerce é cada vez mais uma opção. A variada e crescente oferta de apps de compras e o fácil e antecipado acesso aos descontos a partir dos dispositivos são aspetos que estimulam o consumidor para o comércio eletrónico.

Os números globais da Black Friday revelaram que a tendência é comprar cada vez menos em lojas físicas – no Reino Unido, por exemplo, apenas 12% dos consumidores compraram exclusivamente em estabelecimentos durante a Black Friday. Contudo, em Portugal, existe um maior equilíbrio, com a maioria dos consumidores a optarem por fazer compras tanto online como offline (45%). Também em 2018, 65% dos portugueses usaram o smartphone para o efeito. Não apenas o aumento do número de compras online, mas também o alargamento do período de descontos da Black Friday, contribui para uma exposição maior e mais prolongada a ciberataques.

Segundo o mais recente estudo da Kaspersky, os ataques ao comércio eletrónico direcionados aos utilizadores aumentaram 15% em comparação com o ano passado – e, entretanto, a Amazon antecipou a Black Friday, lançando ofertas promocionais uma semana antes, o que vem ampliar o cenário das ameaças.

“À medida que se aproxima a Black Friday e o Cyber Monday, os utilizadores devem ficar alerta. Trata-se de um período de intensa atividade para os hackers que estão a postos para aceder à sua informação pessoal, incluindo o número do cartão bancário. Com os ataques financeiros no auge da história, mais se justifica que as pessoas estejam seguras quanto à proteção dos seus dados. Caso contrário, o comércio online também sairá prejudicado pela falta de confiança dos consumidores. É neste ponto que as empresas também têm um papel importante, dando um passo atrás para reavaliarem a sua estratégia de IT, de forma a garantir que têm um plano de segurança com um ciclo de vida completo: isto é, que inclua a formação dos seus colaboradores, uma defesa mais eficiente contra ciberataques e ferramentas mais fiáveis, que assegurem a deteção das ameaças no dia zero”, realça David Emm, investigador principal de segurança de Kaspersky.

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