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Austrália anuncia acordo para compra de possível vacina da AstraZeneca

O primeiro-ministro australiano chegou também a mencionar que a vacina seria gratuita para toda a população, no entanto já retrocedeu no que prometeu.
19 Agosto 2020, 14h25

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou esta quarta-feira que o país assinou um acordo com a farmacêutica britânica AstraZeneca para produzir e distribuir doses de uma potencial vacina contra o novo coronavírus para a sua população de 25 milhões, escreve a “Reuters” esta quarta-feira, 19 de agosto.

“Se estivermos numa posição em que os testes tenham sucesso, esperamos que [a vacina] seja disponibilizada no início do próximo ano. Se isso puder ser feito antes disso, ótimo”, referiu Scott Morrison.

Scott Morrison também revelou que a Austrália está a tentar estabelecer outros acordos de vacinas contra o SARS-CoV-2, incluindo com a Universidade de Queensland e a sua parceira, a empresa australiana CSL. Segundo a agência noticiosa, o primeiro-ministro australiano chegou também a mencionar que a vacina seria gratuita para toda a população, no entanto já retrocedeu no que prometeu.

“Espero que seja o mais obrigatório possível”,  enalteceu Scott Morrison. “Estamos a falar de uma pandemia que destruiu a economia global e tirou a vida de centenas de milhares em todo o mundo e de mais de 430 australianos. Então, precisamos da resposta mais ampla e abrangente para fazer a Austrália voltar ao normal”, assegurou o primeiro-ministro australiano, numa entrevista a uma rádio local citada pelo “The Guardian”.

Independentemente da obrigatoriedade, será dada prioridade a alguns cidadãos. “Naturalmente, concentramo-nos nos mais vulneráveis, idosos, profissionais de saúde, pessoas com deficiência em termos de velocidade de implantação”, referiu o ministro da Saúde australiano, Greg Hunt, à “Sky News”.

Para fazer esta seleção, será necessário as autoridades de saúde terem em consideração onde está o maior risco de transmissão e como a vacina funciona em diferentes grupos etários ao decidir quem deve tomá-la primeiro, apontou Brett Sutton, diretor executivo dos serviços de saúde do estado Australiano de Victoria.

“Se funcionar e for 80 a 90% eficaz, então com certeza existirá uma reviravolta no jogo”, frisou Brett Sutton, que alertou que os testes gerais ainda estão em fase preliminar. “Portanto, não devemos pendurar nosso chapéu em uma única vacina”, acrescentou.

A 14 de agosto, foi a vez da Comissão Europeia acordar a compra de 300 milhões de doses da vacina à AstraZeneca, com uma opção de mais 100 milhões em nome dos Estados-membros.

No mês passado, a AstraZeneca revelou que a vacina para Covid-19 estava a obter bons resultados e encontrava-se em fase de testes em humanos em grande escala. A AstraZeneca também destacou que a vacina AZD1222, desenvolvida pela Universidade de Oxford do Reino Unido, é vista como pioneira.

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