O Banco Empresas Montepio (BEM) anunciou esta terça-feira, em comunicado, a nomeação de três novos administradores executivos: Joana Carvalho, Nuno Mota Pinto e Pedro Ventaneira (atual CFO do Banco Montepio).
Os três gestores assumem, a partir de hoje, as funções de administradores executivos do BEM, “na sequência da autorização concedida pelo Banco de Portugal em 9 de agosto”, refere o banco, na mesma nota.
Com a aprovação pelo Banco de Portugal dos nomes propostos para o conselho de administração do banco BEM, este órgão passa a contar com cinco administradores executivos: Carlos Leiria Pinto, Joana Carvalho, José Carlos Mateus, Nuno Mota Pinto e Pedro Ventaneira, cabendo a presidência não executiva a Carlos Tavares, que é simultaneamente chairman do Banco Montepio.
“Nesta fase, o modelo de governo adotado não contempla a opção estatutária de delegação da gestão corrente (em administradores delegados ou em comissão executiva)”, lê-se no comunicado. “Os administradores executivos do banco BEM agora nomeados, em conjunto com os administradores já em funções, formam uma equipa com vasta experiência no sistema financeiro e competências que correspondem à proposta inovadora do banco”, acrescenta a instituição.
O Banco Montepio criou o BEM, que é uma nova instituição de banca de empresas que se vai dedicar a financiar empresas com mais de 20 milhões de euros de volume de negócios. É uma evolução do antigo banco de investimento do Banco Montepio e dirige-se a um universo de mais de 5 mil empresas
O Banco Montepio explica que o BEM pretende ser “uma oferta combinada de serviços de banca comercial e banca de investimento, contemplando de forma integrada todas as necessidades financeiras das empresas”, ao mesmo tempo que “permite ainda assegurar a estreita articulação e a coerência com a atividade do Banco Montepio, particularmente nos domínios da gestão e recuperação de crédito, gestão de risco, gestão financeira e negócio internacional”.
O BEM foi anunciado nos primeiros dias de maio como instituição que pretende responder ao problema da “subcapitalização das empresas nacionais”, o que tem sido “um obstáculo ao seu desenvolvimento. As PME e mid-caps, essenciais à competitividade e ao crescimento da economia portuguesa”. Estas têm sido financiadas sobretudo com recurso ao crédito bancário, encontrando-se hoje entre as empresas europeias com níveis mais elevados de endividamento.
“Inserido no Grupo Banco Montepio, o banco BEM nasceu em maio de 2019 com uma lógica e missão originais no sistema financeiro português: ajudar a resolver desafios há muito identificados no nosso tecido empresarial, designadamente os constrangimentos à capitalização e ao acesso a fontes de financiamento alternativas por parte das empresas”, refere a instituição.
O Banco de Portugal terá ainda de confirmar Dulce Mota como CEO do Banco Montepio.
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