Os camionistas membros da ANTP – Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas vão paralisar amanhã, dia 28 de maio, a partir das oito horas.
“A paralisação (…) pretende reclamar a regulamentação do setor, uma Secretaria de estado (dedicada exclusivamente) dos Transportes, a obrigatoriedade de pagamento no período máximo de 30 dias e a criação de um mecanismo para que a inflação também seja refletida no setor dos transportes, o que não tem acontecido”, explicou Márcio Lopes, presidente da ANTP, em declarações à agência Lusa.
Esta decisão foi tomada por vontade de uma grande maioria de camionistas e empresários do setor, após uma concentração que teve lugar hoje, dia 27 de maio, em Porto de Mós.
Uma outra reclamação da ANTP é a indexação do preço dos transportes ao dos combustíveis.
Recorde-se que a ANTP tem cerca de 400 associados.
Já no final da semana passada, outra associação do setor, a ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias alertava para esta possibilidade, apesar de neste momento não se saber qual a sua posição oficial em relação a esta paralisação anunciada pela ANTP.
Destacando a situação de paralisação dos camionistas que está a decorrer há vários dias no Brasil, o que já levou ao pedido de intervenção do Exército brasileiro por parte do presidente Temer, o referido comunicado da ANTRAM, da passada quinta-feira, avisava que, “apesar deste cenário se passar do ouro lado do Atlântico, Portugal não está imune, de forma alguma, a que um panorama semelhante venha a ocorrer em território nacional”.
“A sucessiva escalada do preço do petróleo, sem a devida revisão trimestral do ISP [Imposto sobre os Produtos Petrolíferos], anunciada e garantida pelo Governo, coloca à prova as empresas de transporte que, no imediato, e para garantir a sua sustentabilidade, ver-se-ão obrigadas a rever as tarifas de transporte”.
“A ANTRAM está particularmente atenta a esta matéria e continuará, como até aqui, a reivindicar melhores condições para o setor do transporte de mercadorias, exigindo que o Governo adote medidas que não comprometam, uma vez mais, a viabilidade da atividade do setor que representa”, concluía o comunicado da associação presidida por Gustavo Paulo Duarte.
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