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Chega rejeita acordos com Miguel Albuquerque e quer “mudança” na Região

O Chega, através do seu líder regional, referiu que num cenário de eleições antecipadas na Madeira, o partido “vai a eleições sozinho” e acrescentou que o eleitorado da força partidária está à espera de “uma mudança” na Região.
27 Março 2024, 14h43

O deputado e líder do Chega Madeira, Miguel Castro, disse que a força partidária não está disponível para acordos com Miguel Albuquerque, após a audição com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se realizou esta quarta-feira.

Miguel Castro referiu que num cenário de eleições antecipadas na Madeira, o partido “vai a eleições sozinho” e acrescentou que o eleitorado do Chega está à espera de “uma mudança” na Região.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ouve esta quarta-feira os partidos com assento parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira sobre a atuação situação política na Região e reúne de seguida o Conselho de Estado.

As audições têm a seguinte ordem:

    • 10h00 – Bloco de Esquerda (B.E.)
    • 10h30 – Pessoas-Animais-Natureza (PAN)
    • 11h00 – Iniciativa Liberal (IL)
    • 11h30 – Partido Comunista Português (PCP)
    • 12h00 – CDS – Partido Popular (CDS-PP)
    • 12h30 – Chega (CH)
    • 14h00 – Juntos pelo Povo (JPP)
    • 14h30 – Partido Socialista (PS)
    • 15h00 – Partido Social Democrata (PPD/PSD)

Depois das audições com os partidos Marcelo recebe pelas 18h00 o Conselho de Estado.

Desde 24 de março, visto terem passado seis meses relativamente às eleições regionais de 24 de setembro, que o Chefe de Estado tem a possibilidade de dissolver o parlamento da Madeira.

O Expresso avançou a semana passada que Marcelo estaria inclinado para dissolver a Assembleia da Madeira, e convocar eleições antecipadas, antes de dar posse ao Governo da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PSD), na Assembleia da República.

Governo em gestão

Atualmente, o Executivo madeirense encontra-se em gestão, depois do seu presidente, Miguel Albuquerque ter renunciado ao cargo, que foi aceite pelo representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto.

Esta renúncia surgiu depois das buscas de 24 de janeiro que levaram à constituição de Albuquerque como arguido.

O próximo passo estará dependente da decisão do Presidente da República como explicou o representante da República, Ireneu Barreto. Caso Marcelo decida dissolver o parlamento regional o atual executivo vai manter-se em gestão até às eleições antecipadas. Se Marcelo decidir não dissolver o parlamento da Região, Ireneu Barreto vai chamar o partido mais votado nas últimas regionais, neste caso o PSD, para formar um novo executivo.

Na sequência das buscas o PAN, com quem o PSD tinha um acordo parlamentar, afirmou que Albuquerque não tinha condições para continuar a governar.

O CDS-PP, com quem o PSD tem acordo governamental e parlamentar, considerou que Albuquerque não tinha condições para continuar, pelo que deveria ser formado um novo Governo, com aprovação do respetivo Orçamento e Programa de Governo. Contudo, o líder do CDS-PP Madeira, Rui Barreto, disse que o CDS-PP não pediu o afastamento de Albuquerque, mas sim o PAN.

Os partidos da oposição na Região Autónoma da Madeira (PS, Juntos pelo Povo [JPP], Chega, Bloco de Esquerda, PCP, Iniciativa Liberal) têm defendido eleições antecipadas.

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