Um grupo de 239 cientistas enviou uma carta à Organização Mundial da Saúde (OMS), onde alerta para o facto da entidade subestimar a propagação do vírus por transmissão aérea, refere o “The Guardian” esta segunda-feira, 6 de julho.
Numa carta aberta à OMS, os cientistas pedem um maior reconhecimento do papel da propagação da Covid-19 pelo ar e da necessidade dos governos implementarem maiores medidas de controlo dos cidadãos. A orientação da OMS, e das autoridades de saúde dos países, afirmam que o vírus é transmitido entre pessoas através de gotículas respiratórias e por contacto. As partículas em questão podem ficar no ar durante longos períodos temporais e podem ser transmitidas a terceiros que estejam a uma distância superior a um metro.
A orientação da OMS afirma que o vírus é transmitido principalmente entre pessoas através de gotículas respiratórias e contatos próximos. A transmissão do aerossol envolve partículas muito menores que podem permanecer no ar por longos períodos de tempo e podem ser transmitidas a outras pessoas a distâncias superiores a um metro.
Os cientistas que escreveram a carta alertam que novas evidências mostram que locais como fábricas de processamento de carnes, onde se verificaram surtos, sugerem que a transmissão por vírus por via aérea é mais importante do que a OMS reconheceu, e que pode alterar a forma de proteção dos cidadãos.
Atualmente, estes 239 cientistas mostram-se preocupados com os aerossóis, uma vez que o tamanho das partículas é mínimo e isso significa que se mantêm mais tempo no ar. Caso a OMS considere a opinião dos cientistas, alguns deles que colaboram com a entidade de saúde, as máscaras podem passar a ser obrigatórias dentro de espaços fechados onde o distanciamento social é a regra e alguns sistemas de ar condicionado e de ventilação podem ter de ser adaptados.
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