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Debandada durante funeral de general iraniano provocou mais de 50 mortos

A televisão estatal iraniana informa que cerca de 212 pessoas ficaram feridas. Estima-se que estejam presentes na cerimónia fúnebre mais de um milhão de pessoas.
  • Erfan Kouchari / Agência de Notícias Tasnim via AP
7 Janeiro 2020, 10h49

Mais de 50 pessoas morreram e 212 ficaram feridas durante uma debandada no funeral do general Qassem Soleimani, avança a televisão estatal iraniana, esta terça-feira. Estima-se que estejam milhões de pessoas no local para assistir à cerimónia fúnebre, segundo a BBC.

Mulheres, homens, idosos e crianças estão entre as vítimas da debandada em Kerman, cujos hospitais estão em alerta e para onde se deslocou o ministro da Saúde.

Na notícia citada pela agência Associated Press, que cita os profissionais de saúde no local, é informado que o tumulto ocorreu em Kerman, cidade natal do general, quando a procissão começou. Foram publicados alguns vídeos do acidente nas redes sociais. As imagens mostram alguns corpos na rua, enquanto outras pessoas tentam ajudar os feridos.

A notícia da debandada foi confirmada num primeiro momento pelo responsável pelos serviços de emergência iranianos, Pirhossein Koulivand, que falou ao telefone com a agência estatal: “Infelizmente, devido a uma debandada, alguns dos nossos compatriotas ficaram feridos e outros foram mortos durante a procissão do funeral”, afirmou.

Qassem Soleimani morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), além de outras oito pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.

Noticia atualizada dia 07 de janeiro de 2020 às 15h44.

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