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“É uma operação irresponsável”. PAN critica injeção de 850 milhões de euros pelo Governo no Novo Banco

Para o PAN a verba aplicada no Fundo de Resolução do Novo Banco seria, no atual momento de emergência nacional, melhor empregue para colmatar as “graves consequências” da pandemia.
  • André Silva, Porta-voz e deputado do PAN à Assembleia da República
8 Maio 2020, 15h46

O porta-voz e deputado à Assembleia da República do PAN, André Silva, afirmou esta sexta-feira, 8 de maio, que a nova injeção de capital do Estado no Fundo de Resolução Novo Banco no valor de 850 milhões de euros é “uma operação irresponsável”. Num vídeo enviado à redação, André Silva considerou que a ação do Governo “poderá comprometer ainda mais os resultados orçamentais e a sustentabilidade financeira do nosso país este ano”.

Para André Silva, a verba aplicada no Fundo de Resolução do Novo Banco  seria, no atual momento de emergência nacional, melhor empregue para colmatar as “graves consequências” da pandemia.

“Desde o início da crise sanitária que o PAN tem defendido que estes 850 milhões de euros não deveriam ser injetados pelo Governo no Fundo de Resolução, tendo em conta que neste momento seriam mais necessários para fazer face às graves consequências sociais e economias desta crise”, considerou o porta-voz do partido.

Para o PAN, a injeção de capital no banco liderado por António Ramalho  configura uma “ironia”. Nas palavras de André Silva, ao mesmo tempo que o Executivo de António Costa “afirma que não existe dinheiro” para aplicar em vários setores para mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19, é entregue “com grande urgência vários milhões de euros de dinheiro público dos portugueses para tapar buracos da má gestão privada”.

A posição do PAN foi revelada na sequência de uma notícia do semanário Expresso, que indicava que o Novo Banco tinha recebido dinheiro do Estado durante a semana, No debate quinzenal desta quinta-feira, 7 de maio, António Costa prometera ao Bloco de Esquerda que a injeção dos referidos 850 milhões de euros não teria lugar  até que os resultados da auditoria ao banco fossem conhecidos.

Mas para o PAN a injeção de dinheiro no Fundo de Resolução do Novo Banco, sem que fossem conhecidos todos os detalhes. “[Isso] demonstra uma enorme falta de honestidade e de transparência e um desrespeito pelo Parlamento enquanto órgão de soberania”, salientou.

“Sobre o Novo Banco a resposta que tenho para lhe dar não tem grande novidade relativamente à última vez que me fez a pergunta, ou seja, a auditoria está em curso e até haver resultados da auditoria não haverá qualquer reforço do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para esse fim”, disse então então António Costa.

O primeiro-ministro respondia à coordenadora do BE, Catarina Martins, que tinha perguntado se o Governo mantinha “que não haverá nenhuma injeção no Fundo de Resolução e no Novo Banco até se conhecer a auditoria que está prometida, que está contratualizada e que tem que ser pública”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/costa-assume-que-nao-foi-informado-do-pagamento-do-emprestimo-ao-novo-banco-586284

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