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easyJet “bem preparada” para o ‘Brexit’. Este é o plano que prevê saída sem acordo

Para fazer face à possibilidade de um ‘Brexit’, sem acordo, a easyJet já registou 130 aviões dos seus aviões na Áustria e diz que fez bons progressos para assegurar o acesso a uma base de partilha de peças sobressalentes no espaço dos 27 países da União Europeia. A transferência das licenças das tripulações deverá estar concluída a 29 de março.
23 Janeiro 2019, 07h49

Na eventualidade de o Reino Unido não chegar a acordo com a União Europeia para uma saída consensual do espaço comunitário, a easyJet já tomou as medidas preventivas para defender a sua atividade empresarial nesse cenário.

“A easyJet está bem preparada para o ‘Brexit'”, asseguram os responsáveis da companhia aérea ‘low cost’ no comunicado de ontem, dia 22 de janeiro, divulgado a partir de Londres.

Vamos por partes. Em primeiro lugar, a easyJet já registou 130 dos 317 aviões da sua frota na Áustria.

Por outro lado, a companhia aérea ‘low cost’ garante que “tem feito bons progressos” para assegurar que tem um parque partilhado de peças sobressalentes no espaço dos 27 países da União Europeia e no processo de transferência das licenças das tripulações.

Ambos os processos deverão estar finalizados a 29 de março, data que ainda é a que vigora para que o Reino Unido aceite o acordo para um ‘Brexit’ suave, ou que o rejeite, e opte por um ‘Brexit’ sem acordo. A terceira alternativa é o adiamento desta data para que as duas partes encetem novas negociações.

“Quer a União Europeia, quer o Reino Unido se comprometeram a assegurar que os voos serão mantidos entre o Reino Unido e a União Europeia mesmo que não acordo sobre o ‘Brexit'”, recorda a easyJet.

Uma outra questão prende-se com a obrigatoriedade de qualquer companhia aérea do espaço da União Europeia ter de ser maioritariamente detida e efetivamente controlada por acionistas pertencentes à AEE – Área Económica Europeia.

Para se precaver desse aspeto, a easyJet já aumentou para 49% a sua base de acionistas pertencentes à AEE, excluindo já os acionistas britânicos.

E a easyJet recorda que pode ainda recorrer a um conjunto de opções, incluindo regras estatutárias que alegadamente lhe permitem suspender direitos de voto e/ou forçar a venda forçada das ações dos acionistas que não pertençam à AEE.

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