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Eletrificação gera poupança de dois mil milhões à BMW

A BMW prevê que a sua estratégia de eletrificação gere uma poupança de cerca de dois mil milhões de euros à sua conta anual de compra de componentes. A poupança será aplicada de novo na eletrificação dos modelos da casa bávara.
14 Setembro 2017, 07h10

A estratégia de eletrificação da BMW gerará 12 modelos elétricos até 2025, mas não só. A marca bávara espera cortar cerca de 5% da sua fatura com componentes, que atualmente se cifra em 40 mil milhões e euros, como afirma à Bloomberg Markus Duesmann, responsável pelas compras do construtor alemão. Contas feitas, a poupança esperada é de dois mil milhões e euros.

A BMW – tal como a Daimler ou o Grupo VW – prevê que os veículos elétricos e/ou eletrificados corresponderão a mais de 25% do seu total de vendas até meio da próxima década. Por isso, os construtores alemães estão a realizar uma ofensiva de redução de custos, para contrapor às menores margens de lucro que os veículos elétricos gerarão, que a Daimler acredita não irem além dos 50% relativamente aos modelos com motor térmico.

Para a BMW, a estratégia de redução de custos passa pela diminuição da gama de opcionais e de aumentar a competitividade entre os produtores de componentes, afirma Duesmann. Assim, o construtor pretende diminuir a dependência de empresas que comercializem um único componente, trabalhando no sentido de cortar o número de fornecedores em posições de monopólio.

Esta poupança na BMW nos modelos convencionais é especialmente crítica, uma vez que se espera que os gastos da empresa aumentem entre dois e três mil milhões de euros até 2025, entre gastos com novas ferramentas para produção. Ao mesmo tempo, a BMW responde à pressão sobre a rentabilidade, através do aumento da oferta de modelos de luxo, como o Série 8 ou o X7. “Estamos a tentar compensar o aumento nos investimentos que teremos de realizar”, concluiu Duesmann.

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