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Empresa que representa Lucho González na mira das buscas na SAD do Porto

Chama-se EW Management GmbH e representa o argentino Lucho González que foi transferido para o Marselha. É um dos alvos das autoridades portuguesas e francesas nas buscas à SAD do FCP. Em causa, suspeitas de fraude e evasão fiscais em transferências de jogadores. Na mira da justiça está também a transferência de Aboubakar do Lorient para o FC Porto.
7 Novembro 2017, 18h09

Além da transferência de Aboubakar do Lorient para o FC Porto, buscas na SAD do clube têm outro alvo: a EW Management GmbH, empresa que representa o argentino Lucho González que foi transferido para o Marsella em 2009 por 18 milhões de euros.

As autoridades francesas e portuguesas estão realizar buscas à SAD do FC Porto e passar a pente fino toda a documentação referente a operações com França, nomeadamente emails e contratos, e movimentos financeiros com enfoque em 2017. Na mira da Justiça está a empresa EW Management GmbH, empresa alemã que representa o argentino Lucho González e outras operações de transferência como a transferência do avançado camaronês  Aboubakar que foi concretizada este ano.

O Jornal Económico sabe que estão em causa suspeitas de fraude e evasão fiscal nos pagamentos de comissões a agentes e ao clube, estando os investigadores a analisar se foram ou não usadas offshores para circular o dinheiro. As buscas incidem ainda em toda a documentação relativa a comissões e pagamentos a agentes, operadores económicos e clubes de França durante este ano.

Em causa estão suspeitas de fraude e evasão fiscal nos pagamentos de comissões a agentes e ao clube, estando os investigadores a analisar se foram ou não usadas offshores para circular o dinheiro.

As buscas à SAD do FCP decorrem na sequência de uma carta rogatória de França e contam com a colaboração das autoridades portuguesas que estão a passar a pente fino os contratos dos jogadores.

No radar da Justiça estão operações como a transferência de Lucho González para o Marselha em 2009 por 18 milhões de euros, que poderiam ser 24 milhões caso algumas cláusulas fossem correspondidas. O argentino regressou ao FCP, depois, em 2012, a custo zero e está há duas épocas no Atlético Paranaense (Brasil).

Os investigadores estão ainda a recolher toda a informação referente à operação de transferência de Aboubakar, que foi concretizada em 2017, nomeadamente e-mails, contratos e pagamentos efetuados durante este ano.

“Tudo o que possa relacionar-se com França e movimentos de 2017”, assegurou ao Jornal Económico fonte próxima ao processo.

Recorde-se que Vincent Aboubakar foi recentemente alvo de uma operação por parte da SAD do FC Porto quando foi adquirido 60% dos direitos económicos que estavam em posse do Lorient por um valor de 7,2 milhões de euros. Assim, os ‘dragões’ passaram a deter a totalidade do passe do jogador camaronês, tendo a SAD do FC Porto prolongado o contrato com o jogador até 2021 mantendo a cláusula de rescisão nos 50 milhões de euros. A compra de Aboubakar foi fechada em 2017, sendo que em 2015 registaram-se os primeiros pagamentos de compra parcial.

Aboubakar é reresentado pela empresa francesa Mondial sport Management & Consulting Sa.

Nice e empréstimo de Ricardo Pereira na mira das autoridades

Na mira das autoridades portuguesas e francesas está também toda a documentação relativa a comissões e pagamentos a agentes, operadores económicos e clubes de França durante o ano de 2017.

O Jornal Económico sabe que, neste caso, as autoridades portuguesas têm na mira a relação do FC Porto com o Nice, nomeadamente o empréstimo de Ricardo Pereira, atleta que esteve emprestado durante duas épocas ao clube do sul de França e voltou este ano ao plantel do FC Porto.

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