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Europa em queda após ‘sell-off’ tecnológico em Wall Street. Lisboa não foge à tendência “vermelha”

O principal índice bolsita português perde 0,81%, para 4.863,76 pontos.
20 Novembro 2018, 11h25

O principal índice bolsita português, PSI 20, perde 0,81%, para 4.863,76 pontos, em linha com as principais praças europeias, esta terça-feira. “Os mercados voltam a negociar no vermelho com o sell-off no setor tecnológico”, explica a senior broker da corretora XTB Carla Maia Santos.

Na sessão de segunda-feira em Wall Street, o dia ficou marcado pelo “sell-off tecnológico que condiciona [hoje] a sessão europeia”, de acordo com o MTrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

“A queda das ações da Apple, perante as notas de que cortou nos planos de produção dos novos iPhones acabou por espoletar o sentimento vendedor, arrastando as FAANG [Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google] para perdas médias de 4%”, acrescenta.

Outo fator que perturba os investidores é a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China. Segundo Carla Maia Santos, os investidores “esperavam um entendimento entre a China e os EUA, com Trump a mostrar esse interesse. No entanto o governo veio dizer que não pretende reduzir os impostos em curso. O sentimento dos investidores quanto a um possível entendimento dentro desta guerra comercial esmoreceu”.

Por ora, as principais congéneres europeias negoceiam no vermelho. O alemão DAX perde 0,89%, o britânico FTSE 100 cai 0,48%, o francês CAC 40 desvaloriza 0,72%, o holandês AEX afunda 1,04%, o espanhol IBEX 35 recua 0,90% e o italiano FTSE MIB cai 0,53%.

A tendência pessimista estende-se até ao mercado petrolífero, o Brent cai 0,57%, para 66,41 dólares, enquanto o WTI perde 0,37%, para 56,99 dólares.

No mercado cambial, o euro deprecia 0,18%, para 1,14 dólares.

Em Lisboa, a construtora Mota-Engil (-4,51%), a Navigator (-1,48%), a EDP Renováveis (-1,44%), o BCP (-1,45%) e a Corticeira Amorim (-1,08%) lideram as perdas.

Sobre a Mota-Engil, a senior broker da XTB analisa: “Ontem a Mota-Engil foi uma das empresas que mais valorizou, na bolsa portuguesa. Mas este movimento deveu-se à recompra de acções próprias por parte da Mota-Engil. Vemos assim hoje o mercado a reafectar as suas expectativas, que são pouco animadoras face ao futuro da empresa uma vez que tem uma ‘sobre-exposição’ ao mercado emergente”.

Mais, a performance da Navigator ocorre quando foi noticiado que a papeleira vai alugar terras na Galiza para novas plantações de eurcaliptos.

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