A deputada não inscrita Cristina Rodrigues questionou esta sexta-feira o partido do qual se desfilou sobre que medidas irá o PAN apresentar de promoção de emprego, em particular para os mais jovens, e “para combater os vínculos precários” que “são um flagelo da nossa sociedade”.
No debate plenário na Assembleia da República, onde está a ser discutido o teletrabalho, Cristina Rodrigues afirmou concordar “com a pertinência do tema”, mas sublinhou haver “questões que têm que ser acauteladas caso contrário poderá estar a contribuir-se para um dos maiores flagelos da nossa sociedade: a precariedade laboral”.
Dando o exemplo que uma das formas mais utilizadas para detetar falsos recibos verdes é através da fiscalização da Autoridade para as Condições no Trabalho, alertou que com os trabalhadores em casa “essa fiscalização torna-se mais difícil, deixando os trabalhadores numa situação de maior vulnerabilidade”.
“Devem ser estabelecidos limites claros à prestação de trabalho, nomeadamente ao nível do horário, garantindo o seu direito à desconexão profissional e à compatibilização da sua vida pessoal pessoal e familiar com a vida profissional”, disse, acrescentando que “importa acautelar que não se promovam mais práticas de exploração dos trabalhadores, assegurando a união dos infratores, cabendo às entidades públicas ou financiadas por dinheiros públicos a dar o exemplo”.
A 25 de junho, Cristina Rodrigues anunciou que iria abandonar o partido, justificando já não conseguir “lidar com a forma como o PAN tem sido orientado” e considera não ser possível “inverter esse rumo através dos atuais mecanismos internos”.
“Fui sentindo cada vez mais a minha voz silenciada e a minha capacidade de trabalho condicionada, o que culminou com o meu recente afastamento da Comissão Política Permanente do PAN, feito à minha revelia e sem aviso prévio”, disse na altura.
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