A greve ao sobretrabalho levada a cabo por educadores e professores com início marcado para esta segunda-feira pode vir a prolongar-se até ao fim do ano letivo. O aviso é feito pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em comunicado enviado à imprensa.
Os educadores e professores vão manifestar-se contra todas as atividades que, à margem das leis, lhes sejam impostas para além das 35 horas de trabalho semanal, que segundo a Fenprof “docentes são, este ano, em maior número e de maior gravidade”.
No comunicado, a Fenprof recorda a reunião com responsáveis do Ministério da Educação em julho, onde alertou, que “os abusos e ilegalidades que, tendo afetado os horários de trabalho no ano que então terminava, deveriam ser eliminados em 2019/20”, algo que “não aconteceu”.
O organismo enumera algumas das ilegalidades dos horários dos docentes como por exemplo, “horários de professores que não têm qualquer hora assinalada para a realização de reuniões ou têm, apenas, alguns minutos semanais”, e também “escolas secundárias e agrupamentos que atribuíram, nas horas de redução letiva, turmas em que ainda não foi colocado professor”.
A Fenprof deixa ainda o aviso de que a primeira medida de força desta greve será a “não participação dos docentes nas reuniões de avaliação intercalar nas escolas e agrupamentos em que, durante a sua realização, os professores estejam obrigados a desenvolver a atividade letiva habitual”.
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