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França. Adultos com a primeira toma da AstraZeneca deverão receber segunda dose de outra vacina

Todos aqueles com menos de 55 anos que já receberam uma vacina da AstraZeneca vão ser vacinados, na segunda dose, com uma vacina de RNA mensageiro — como a da Pfizer ou a da Moderna, as duas além da AstraZeneca já aprovadas em França.
  • Uma professora é vacinada durante o processo de vacinação dos professores e funcionários do pré-escolar e primeiro ciclo do ensino básico, que hoje se iniciou, no Pavilhão Mário Mexia, em Coimbra, 27 de março de 2021. PAULO NOVAIS/LUSA
9 Abril 2021, 10h21

A Alta Autoridade de Saúde (HAS, sigla em francês) deverá anunciar, esta sexta-feira, que as pessoas com menos de 55 anos que já receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca deverão receber uma segunda dose de uma vacina de ARN-mensageiro de outra marca, nomeadamente a da Pfizer ou da Moderna que foram aprovadas e podem ser usadas no país.

Segundo uma notícia avançada pela “Reuters”, a decisão chega na sequência da suspensão da administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com menos de 55 anos de idade devido à possível associação entre a toma da vacina e o surgimento de episódios raros de coágulos sanguíneos em pessoas mais novas.

As vacinas de ARN-mensageiro estimulam o corpo humano a produzir uma proteína que imita parte do vírus, desencadeando uma resposta imune, enquanto as vacinas tradicionais como a AstraZeneca usam um vírus inativado para transportar uma proteína do patógeno – neste caso o novo coronavírus – para fazer a mesma coisa.

A informação foi também confirmada pelo ministro da Saúde francês, Olivier Véran, esta sexta-feira. Apesar deste passo para grupos específicos, o ministro disse à rádio RTL que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford continuará a ser usada no país.

Uma decisão semelhante foi tomada em Portugal esta quinta-feira quando a Direção-Geral de Saúde, o Infarmed e a task force de vacinação anunciaram que a vacina da AstraZeneca deixaria de ser administrada a pessoas com menos de 60 anos de idade. A decisão portuguesa seguiu-se ao anúncio por parte da Agência Europeia do Medicamento (EMA) de que a maioria dos casos graves registados ocorreram em mulheres abaixo dos 60 anos.

 

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