A Alta Autoridade de Saúde (HAS, sigla em francês) deverá anunciar, esta sexta-feira, que as pessoas com menos de 55 anos que já receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca deverão receber uma segunda dose de uma vacina de ARN-mensageiro de outra marca, nomeadamente a da Pfizer ou da Moderna que foram aprovadas e podem ser usadas no país.
Segundo uma notícia avançada pela “Reuters”, a decisão chega na sequência da suspensão da administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com menos de 55 anos de idade devido à possível associação entre a toma da vacina e o surgimento de episódios raros de coágulos sanguíneos em pessoas mais novas.
As vacinas de ARN-mensageiro estimulam o corpo humano a produzir uma proteína que imita parte do vírus, desencadeando uma resposta imune, enquanto as vacinas tradicionais como a AstraZeneca usam um vírus inativado para transportar uma proteína do patógeno – neste caso o novo coronavírus – para fazer a mesma coisa.
A informação foi também confirmada pelo ministro da Saúde francês, Olivier Véran, esta sexta-feira. Apesar deste passo para grupos específicos, o ministro disse à rádio RTL que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford continuará a ser usada no país.
Uma decisão semelhante foi tomada em Portugal esta quinta-feira quando a Direção-Geral de Saúde, o Infarmed e a task force de vacinação anunciaram que a vacina da AstraZeneca deixaria de ser administrada a pessoas com menos de 60 anos de idade. A decisão portuguesa seguiu-se ao anúncio por parte da Agência Europeia do Medicamento (EMA) de que a maioria dos casos graves registados ocorreram em mulheres abaixo dos 60 anos.
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