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França cria barreiras nas estradas para impedir turismo na Páscoa

Com o início das férias escolares da Páscoa, o ministro francês do Interior, Christophe Castaner, alertou o país para esquecer as habituais viagens no interior do país.
2 Abril 2020, 13h33

O governo francês decidiu colocar bloqueios de estrada nas principais rodovias do país e enviar a polícia e o exército para as estações de caminhos de ferro e aeroportos – para verificar a documentação de quem ali se encontrar – para despromover quaisquer viagens no interior do país. A ordem, tal como em Portugal, é que, este ano, não há reuniões familiares para a comemoração da Páscoa.

As autoridades locais das áreas onde os moradores das cidade têm segundas residências ou dos pontos turísticos mais populares também foram instruídas para verificarem quem viaja e os porquês das viagens.

Durante o bloqueio de Páscoa, os franceses são obrigados a munir-se de um documento assinado “sob juramento” e datado que explique o motivo para sair de casa. O documento já tem estatuto legal.

O ministro francês do Interior, Christophe Castaner, disse aos que pensam em ignorar as regras de confinamento para desistirem antes mesmo de começar: “não há saídas de férias durante o período de confinamento … as pessoas devem ficar em absoluto confinadas – q ualquer abuso será punido. Sei que o bloqueio é uma restrição para as famílias, mas precisamos de aguentar ”.

Os comboios ainda circulam no país, apesar dos cortes de mais de 90%, mas o governo está decidido a controlar todos os que viajam: “Quando as pessoas forem paradas e verificadas não é para multá-las, é para proteger os franceses do coronavírus e impedir a sua propagação. O objetivo é que as pessoas fiquem em casa”, acrescentou Castaner.

Desde que o confinamento começou, a 17 de março, as forças policiais e de segurança realizaram verificações de 5,8 milhões de documentos pessoais, adiantou o ministro do Interior. Nessa sequência, já foram emitidas cerca de 359 mil multas, que variam entre os 135 euros e os 1.500 (para os ‘repetentes’). Os que ignoraram os regulamentos quatro vezes podem ser multados em 3.750 euros e mesmo serem enviados para a prisão por por período até seis meses.

Na última terça-feira, a França registou um número recorde de mortos em apenas 24 horas: 509.

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