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Há cinco meses que Trump não reúne com a “task force” da Covid-19, revela “The Washington Post”

Um oficial sénior ligado a esta comissão da Casa Branca disse ao “The Washington Post” que o presidente norte-americano tem estado alheado das decisões a propósito do combate à pandemia e, nesse sentido, “há pelo menos cinco meses” que Donald Trump optou por não participar nestas reuniões.
  • Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, e Donald Trump
15 Novembro 2020, 13h57

O presidente dos EUA, Donald Trump, não participa há cinco meses numa reunião da comissão de acompanhamento da pandemia da Covid-19 da Casa Branca e não tem tomado decisões de fundo sobre este tema desde que perdeu as eleições para Joe Biden, noticia este domingo o “The Washington Post”.

Um oficial sénior ligado a esta comissão da Casa Branca disse ao “The Washington Post” que o presidente norte-americano tem estado alheado das decisões a propósito do combate à pandemia e, nesse sentido, “há pelo menos cinco meses” que Donald Trump optou por não participar nestas reuniões. De acordo com estes relatos, Trump já não desempenha um papel ativo na gestão da resposta à crise pandémica.

Esta informação surge numa altura em que os EUA registaram 170.590 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins. De acordo com os números contabilizados pela instituição até às 20h00 de sábado, hora local (01h00 de hoje em Lisboa), o país acumulou mais de 10,8 milhões de casos desde o início da pandemia, contando ainda 245.568 mortos ((1.351 só nas últimas 24 horas).

Recorda o “The Washington Post” que Trump já foi um membro ativo desta “taskforce”, mas estas aparições diárias nos briefings na Casa Branca foram interrompidos abruptamente depois da célebre conferência de imprensa em abril em que o presidente dos EUA sugeriu a injeção de desinfetante como uma alternativa para matar o vírus.

Nos últimos meses, o presidente reforçou que esta administração não iria tomar medidas para minimizar os contágios por Covid-19 nos EUA e foi diminuindo o seu papel no que respeita ao combate à pandemia em território norte-americano.

Além de não participar na solução, Trump sugeriu, durante a campanha presidencial, que pode vir a despedir o especialista Anthony Fauci, conselheiro epidemiologista da administração Trump e e um dos rostos mais visíveis no combate ao novo coronavírus nos Estados Unidos. Num dos últimos comícios, quando a multidão começou a cantar “despeça Fauci”. Em resposta, Trump ‘confidenciou’: “Não contem a ninguém, mas deixem-me esperar até depois das eleições”.

O número de infeções nos Estados Unidos tem vindo a aumentar, superando os 120 mil por dia na última semana. Dois estados, Texas e Califórnia, já ultrapassaram um milhão de casos desde o início da pandemia.

Os Estados Unidos são o país com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus SARS-Cov-2, responsável pela covid-19, e também com mais casos de infeção confirmados (10.884.591).

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