“Há um clima favorável para que isso aconteça”, diz DGS sobre aumento de casos de infeção

A diretora geral de Saúde abordou, na conferência de imprensa desta sexta-feira, o aumento do número de casos diários de Covid-19 em Portugal e frisou que “é precoce conseguir explicar tudo, mas há de facto um clima favorável para que isso aconteça”.

Graça Freitas indicou que tem existido um aumento da atividade do  novo coronavírus e do número de casos em toda a Europa, e que as autoridades de saúde portuguesas estão “a tentar um equilíbrio entre medidas de segurança e saúde pública, mas também medidas de retoma na vida normal das pessoas”, recordando que nesta altura do ano existe uma maior movimentação de pessoas de um país para o outro.

No que a Portugal diz respeito a responsável da DGS salientou que o que poderá ter levado a que de um dia para o outro possam ter aumentado os números é o facto destes se terem disseminado e constituído surtos em comunidades e em instituições ou locais de trabalho.

“Não temos uma vacina, não temos um medicamento, não vamos ter conseguir ter casos zero. Vamos ter aumentos e reduções conforme for a dinâmica da doença no mundo em geral, na Europa em particular e depois no nosso país”, referiu.

Graça Freitas adiantou que tem recebido relatos das Administrações Gerais de Saúde sobre os novos casos que têm aparecido, nos quais se consegue encontrar uma ligação a outros casos e surtos. “Isto dá-nos uma ideia de que a situação está a ser controlada e acompanhada. Veremos se nos próximos dias esta tendência se mantém ou não”.

Sobre a fiscalização em eventos de massa como a festa do Avante, Graça Freitas explicou que “a Direção Geral de Saúde não tem competência para fiscalizar esse tipo de eventos, e o que faz é pedir à entidade organizadora, bem como às autoridades policiais o controlo das pessoas, ou no caso da ASAE o controlo de produtos alimentares”.