O filho do presidente do grupo Samsung, Lee Jae-Yong, foi acusado de suborno e está em prisão preventiva deste esta quinta-feira. O herdeiro da multinacional sul-coreana terá alegadamente terá pago 37,6 milhões de euros em subornos a um confidente da Presidente Park em troca de favores de políticos.
“É necessário prender[(Lee Jae-Yong] à luz de uma acusação criminal, recentemente adicionada ao processo, e de uma evidência nova”, disse o porta-voz do Tribunal Constitucional, citado pela agência France Press.
Em comunicado, o grupo Samsung reagiu às notícias que foram veiculadas pela imprensa internacional, no final do dia de ontem. “Faremos o nosso melhor para garantir que a verdade seja revelada nas futuras idas a tribunal”, sublinharam. Lee já estava preso num centro de detenção antes de ser deliberado este mandato prisão e vai permanecer sob custódia enquanto aguarda julgamento.
Segundo a AFP, a acusação pretende convocar Lee para novo interrogatório este sábado, o que aumenta a possibilidade do empresário ser visto em público algemado. Uma visão rara na apelidada “República da Samsung”, devido ao enorme poder de lobby que o grupo tem.
O herdeiro do grupo Samsung, filho de Lee Kun-Hee, foi interrogado várias vezes sobre o alegado papel no escândalo. Recorde-se que a chefe de Estado sul-coreana sofreu um processo de impeachment no Parlamento, em dezembro, e viu os seus poderes retirados e sob tutela do tribunal. Caso se mantenha o impeachment, prevê-se que dois meses depois os eleitores voltem às urnas para escolher um novo presidente.
Recentemente, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul anunciou que planeia finalizar as audiências sobre o impeachment parlamentar da presidente Park Geun-hye no próximo dia 24 de fevereiro, avançou a agência de notícias Yonhap, citada pela Reuters. A data da divulgação do veredito final ainda não é conhecida, mas a entidade comunicou que irá decidir rapidamente para minimizar o vácuo na liderança do país.
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