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Hong Kong. Facebook e Twitter deixam de entregar dados de utilizadores e Tik Tok suspende serviço

As empresas de tecnologia, até à semana passada, operavam livremente no território de Hong Kong, uma vez que o acesso às redes sociais não eram afetado pelo bloqueio imposto na China continental.
7 Julho 2020, 11h17

As redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, bem como a Google e o WhatsApp suspenderam a entrega de dados de utilizadores às autoridades de Hong Kong, depois da nova lei de segurança nacional ter entrado em vigor na passada semana para suprimir a subversão, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras, em resposta ao movimento pró-democracia, revela a ‘Reuters’.

A empresa liderada por Mark Zuckerberg, que também detém o WhatsApp e o Instagram, afirmou em comunicado que está a fazer uma pausa na análise dos seus serviços, enquanto espera uma melhor avaliação da lei. “Vamos suspender as respostas aos pedidos governamentais de dados de utilizadores de Hong Kong, enquanto aguardamos uma avaliação mais profunda da lei de segurança nacional”, disse um porta-voz da empresa. “Acreditamos que a liberdade de expressão é um direito humano fundamental e apoiamos o direito das pessoas a expressarem sem medo pela sua segurança e sem medo de outras represálias”, acrescentou a mesma fonte do Facebook.

A Google e o Twitter também tomaram a mesma decisão e suspenderam a entrega de dados às autoridades na semana passada quando a lei entrou em vigor, sendo que o Twitter admitiu “graves preocupações” face às implicações da lei.

As empresas de tecnologia, até à semana passada, operavam livremente no território de Hong Kong, uma vez que o acesso às redes sociais não eram afetado pelo bloqueio imposto na China continental.

Tik Tok suspende aplicação em Hong Kong

A aplicação de vídeos curtos Tik Tok também decidiu suspender a utilização do serviço em Hong Kong durante os próximos dias. O Tik Tok é uma aplicação de vídeos curtos com sede na China, que no fim do ano passado se tornou viral em todos os países.

Segundo uma fonte da empresa, Hong Kong é um mercado pequeno para a aplicação e tem verificado algumas perdas financeiras, o que por sua vez explica a suspensão dos serviços no país. Apesar de ser detido por uma empresa com sede na China, o Tik Tok foi desenhado para não ser acedido na China continental, tendo esta tornado-se uma estratégia para atrair um público mais geral.

“À luz dos eventos recentes, decidimos interromper as operações da aplicação Tik Tok em Hong Kong”, disse um porta-voz da aplicação em resposta a uma pergunta da Reuters sobre o compromisso da empresa com o mercado.

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