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‘Impeachment’. Líder da Câmara dos Representantes convida Trump a testemunhar

Nancy Pelosi sugeriu que Trump seguisse o exemplo das testemunhas que contaram a sua versão da história no Congresso e que, sob juramento, denunciaram preocupação pelos atos alegadamente ilegais de Donald Trump.
  • Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi
18 Novembro 2019, 12h35

A líder da Câmara dos Representantes já formalizou um convite a Donald Trump para testemunhar perante o Congresso e “dizer toda a verdade que quiser”. Em causa está o processo de destituição (impeachment) contra Donald Trump, motivada por um telefonema entre o presidente norte-americano e o homólogo ucraniano que tinha como intenções pedir ao Executivo em Kiev que investigasse Joe Biden, candidato democrata às eleições presidenciais de 2016.

Numa entrevista ao programa da CBS News, “Face The Nation”, Nancy Pelosi sugeriu que Trump seguisse o exemplo das testemunhas que contaram a sua versão da história na semana passada: Bill Taylor, embaixador interino dos EUA na Ucrânia, e George Kent, secretário de Estado adjunto responsável pela política americana para o país do leste europeu e a antiga embaixadora norte-americana em Kiev, Marie Iovanovitch.

“O presidente pode vir perante o comité e conversar, dizer toda a verdade que ele quiser, se quiser”, disse Pelosi. “Ele tem todas as oportunidades para apresentar o seu caso”, explicou.

Ela também referiu acreditar que as ações de Trump eram “bem piores” do que as do presidente Richard Nixon, que renunciou o cargo de presidente norte-americano antes que o processo de impeachment, motivado por causa do escândalo de Watergate, arrancasse.

Trump continuou a atacar o inquérito de destituição no Twitter , chamando-o de “fraude” e uma “caça às bruxas”. Ele ordenou que os funcionários do governo não cooperassem com os procedimentos, incluindo intimações da Câmara, e chamou o inquérito de “ilegítimo” e “inconstitucional”.

O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, reiterou, este domingo, o convite de Pelosi e disse que Trump “não deve twittar“, mas deve testemunhar sob juramento se não estiver satisfeito com o processo.

“Acho que as audiências trouxeram muitas, muitas alegações preocupantes”, explicou conferência de impressa, em Nova Iorque. “Se Donald Trump não concorda com o que está a ouvir, não gosta do que está a ouvir, ele não deve twittar. Ele deve vir ao comité e testemunhar sob juramento, e deve permitir que todos os que estão ao seu redor venham ao comité e testemunhem sob juramento. “

A investigação é motivada por uma chamada, a 25 de julho, na qual Trump pressionou repetidamente o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para investigar o ex-vice-presidente Joe Biden e uma teoria da conspiração envolvendo a eleição de 2016 nos EUA. Uma denúncia anónima foi feita em agosto e onde ficou expressada preocupação de que Trump tenha usado “o poder do seu cargo para solicitar a interferência de um país estrangeiro nas eleições de 2020 nos EUA” durante a chamada.

Os detalhes apresentados pelo denunciante foram amplamente corroborados pelo resumo da chamada da Casa Branca a 25 de julho e pelo testemunho de várias autoridades diplomática. Trump negou repetidamente irregularidades e disse que sua ligação com Zelensky era “perfeita”.

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